Ser pai na contemporaneidade: demandas contraditórias
DOI:
https://doi.org/10.23925/2594-3871.2019v28i1p151-173Palabras clave:
paternidade, cuidado, gênero, parentalidadeResumen
O presente artigo é parte de uma pesquisa mais ampla sobre as experiências subjetivas na transição para a paternidade. Foram entrevistados 8 pais, que falaram sobre os sentimentos vivenciados ao longo dos primeiros meses de vida do filho. O objetivo deste estudo foi investigar os ideais de paternidade presentes no discurso dos pais. Os resultados apontaram para a intensificação do desejo masculino de participação na vida afetiva dos filhos. Ao mesmo tempo, a crença no amor incondicional e no “instinto materno” também apareceu no discurso dos sujeitos, sugerindo a coexistência de valores paradoxais relacionados à paternidade. Conclui-se ser de extrema importância a legitimação do cuidado como intrínseco às interações humanas, sem distinção de gênero. Uma vez que os homens se sintam acolhidos em suas dores e angústias na transição para a paternidade, é provável que consigam afirmar seu desejo de maior participação nos cuidados infantis e de maior envolvimento emocional com seus filhos.
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Derechos de autor 2019 Mariana Gouvêa Matos, Andrea Seixas Magalhães
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