“Ofereceram mil reais a mais”: Práticas de prevenção à infecção pelo HIV entre garotos de programa de luxo

Renato Caio Silva Santos; Neia Schor; Marcela Cordeiro Felix de Lima

doi:10.23925/2594-3871.2021v30i1p35-53

Autores/as

Renato Caio Silva Santos Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-0674-8330
Neia Schor Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-1665-491X
Marcela Cordeiro Felix de Lima Pontifícia Universidade Católica de São Paulo https://orcid.org/0000-0002-6407-8240

DOI:

https://doi.org/10.23925/2594-3871.2021v30i1p35-53

Palabras clave:

prostitución masculina, profesionales del sexo, VIH, prevención

Resumen

Se considera que la prostitución viene de una multiplicidad de factores. Sin embargo, la inserción de esta práctica en el mercado capitalista aparece como motivo para la entrada de hombres de clase media y alta en ese ramo. La diferenciación de estos con los de otras clases sociales, se da por medio de la asociación a los ideales de higiene, masculinidad e intelectualidad; que establecen la dicotomía entre confianza, seguridad y riqueza frente al riesgo, pobreza, riesgo y enfermedades. Se define como objetivo de este artículo identificar los aspectos relacionados a las prácticas de prevención a la infección por el VIH entre taxi boys de lujo. La población del estudio está compuesta por ocho hombres acompañantes de alto nivel. Se realizaron entrevistas utilizando un itinerario temático orientador. De acuerdo con las palabras de los participantes, el preservativo es un factor impredecible para los programas, funcionando como una barrera simbólica en relación a los clientes. En general, los entrevistados no conocen los métodos de prevención combinada (PEP y PrEP) y presentan creencias y asociaciones erróneas sobre métodos de prevención y riesgos. Los resultados ayudan a entender el aumento del índice de infecciones por VIH en la población homosexual, así como, indican nuevos caminos y estrategias de prevención para el grupo de profesionales del sexo.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Renato Caio Silva Santos, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mestrado em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP, Doutorando em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Especialista em Psicologia Hospitalar pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo e Especialista em Sexualidade Humana pela Faculdade de Medicina da USP.

Neia Schor, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Professora Titular da Faculdade de Saúde Pública da USP. Departamento de Saúde Materno Infantil.

Marcela Cordeiro Felix de Lima, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mestrado em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Especialista em Terapia Familiar pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Especialista em Psicologia Clínica pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo

Citas

Albuquerque, G. A., Belém, J. M., Nunes, J. F. C., Leite, M. F., & Saldanha, J. F. (2016). Expressões da homossexualidade masculina: práticas, contextos e vulnerabilidades em saúde. Bagoas-Estudos gays: gêneros e sexualidades, 10(15), 223-247.

Barreto, V. H. S. (2016). Festas de orgias para homens – territórios de intensidade e sociabilidade masculina. Salvador: Editora Devires.

Barreto, V. H. S. (2017). Vamos fazer uma sacanagem gostosa? Uma etnografia da prostituição masculina carioca. Niterói: Eduff – Editora da Universidade Federal Fluminense.

Becker, H. S. (1977). De que lado nós estamos. In: BECKER, H. (Org.). Uma Teoria da Ação Coletiva. (pp. 122-136). Rio de Janeiro: Zahar Editores.

Barth, C. A. S. M. (1996). Marketing de produtos de luxo: simbolismo, marcas e estratégia. (Dissertação de Mestrado em Mercadologia), Programa de Pós-Graduação em Administração, Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo.

Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. (2002) CBO – Classificação Brasileira de Ocupações,. Brasília: MTE, Recuperado de: http://www.mtecbo.gov.br/ busca/descricao.asp?codigo=5198.

Brasil, Ministério da saúde. (2014). Secretaria de vigilância em saúde. Programa Nacional de DST, Aids e Hepatites virais. Vulnerabilidade à AIDS em jovens gays. Recuperado de: http://www.giv.org.br/Projetos/Jovens-Gays-e-Vulnerabilidade/index.html

Brasil, Ministério da Saúde. (2017). Secretaria de Vigilância em Saúde -

Departamento de Vigilância, Boletim Epidemiológico - Aids e IST. Brasília: MS. Recuperado de: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/boletim-epidemiologico-hivaids-2017.

Burbulham, F., Guimarães, R. M., & Bruns, M. A. de T. (2012). Dinheiro, afeto, sexualidade: a relação de prostitutas com seus clientes. Rev. Psicologia em Estudo, 17(4), 669-677.

Fernandez, N. (2015). Gerenciamento de riscos em tempos de novas tecnologias de prevenção na perspectiva dos direitos humanos. Boletim ABIA. Rio de Janeiro: ABIA.

Folch, C., Marks, G., Esteve, A., Zaragoza, K., Munoz, R., & Casabona, J. (2006). Factors associated with unprotected sexual intercourse with steady male, casual male, and female partners among men who have sex with men in Barcelona, Spain. AIDS Education and Prevention, 18, 227- 242.

Funari, S. L. (2003). Sexo oral e HIV entre homens que fazem sexo com homens. Cad. Saúde Pública, 19(6), 1841-1844.

Grangeiro, A. (2016). Da estabilização à reemergência: os desafios para o enfrentamento da epidemia de HIV/AIDS no Brasil. In: Mito vs realidade: sobre a resposta brasileira a epidemia de HIV e AIDS em 2016. Rio de Janeiro: ABIA, p. 32-44.

Leite, G. S., Murray, L., & Lenz, F. (2015). The Peer and Non-peer: the potential of risk management for HIV prevention in contexts of prostitution. Revista Brasileira de Epidemiologia, 18(1), 7-25.

Levi-Strauss, C. (1989). O pensamento selvagem. Campinas: Papyrus.

Lima, D. J. M., Paula, P. F., Lessa, P. R. A., Moraes, M. L. C., Cunha, D. F. F., & Pinheiro, A. K. B. (2014). Comportamentos e práticas sexuais de homens que fazem sexo com homens. Rev. bras. enferm., 67(6), 886-890.

Lipovetsky, G. (2000). A terceira mulher. São Paulo: Companhia das Letras.

Malta, M., Magnanini, M., Mello, M., Pascom, A. R., Linhares, Y., & Bastos, F. I. (2010). HIV Prevalence among Female Sex Workers, Drug Users and Men who have Sex with Men in Brazil: A Systematic Review and Meta-analysis. BMC Public Health, 10, 317-330.

Minayo, M. C. S. (2010). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Editora Hucitec.

Oliveira, T. L. (2017). Sobre o desejo nômade. Pessoa, corpo, cidade e diferença no espaço da pegação. Rio de Janeiro: Editora Multifoco.

Pasini, E. (1999). Limites simbólicos corporais na prostituição feminina. Cadernos Pagu, 14, 181-200.

Pelúcio, L. (2009). Gozos ilegítimos: tesão, erotismo e culpa na relação sexual entre clientes e travestis que se prostituem. In: Díaz Benitez, M. E., & Figari, C. E. (Orgs.). Prazeres dissidentes. (pp. 71-92). Rio de Janeiro: Garamond.

Perlongher, N. (1987). O negócio do Michê: prostituição viril em São Paulo. São Paulo: Editora Brasiliense.

Raxachi, J. C., Terto Júnior, V., Garcia, J., Pimenta, C., Almeida, V., & Parker, R. (2007). Práticas sexuais e conscientização sobre AIDS: uma pesquisa sobre o comportamento homossexual e bissexual. Rio de Janeiro: ABIA.

Roberts, N. (1998). As prostitutas na história. Rio de Janeiro: Record; Rosa dos Tempos.

Salles, V. (2017). Masculinidade e prevenção: a relação entre a prática sexual dos homens e a profilaxia pós-exposição sexual ao HIV (PEP). (Dissertação de Mestrado), Programa de Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina da USP, São Paulo.

Santos, M. A. (2011). Prostituição masculina e vulnerabilidades às DSTS/AIDS. Texto Contexto Enferm, 20(1), 76-84.

Santos, J. D. F. (2013). Desvelando o Mercado do sexo: Trajetória de vida dos garotos de programas da cidade de Salvador. Seminário Internacional Fazendo Gênero, 10, 2013, Florianópolis. Anais Eletrônicos, 1-11.

Santos, R. S. S. (2015). Na escuridão do arco íris: A vivência das relações afetivo sexuais de jovens gays após o diagnóstico de HIV. Dissertação de Mestrado, Pós-Graduação em Saúde Pública, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo.

Santos, R. C. S., Oliveira, N. M., & Campéas, A. E. (2013). Comportamento Sexual de Adolescentes Portadores do HIV: Revisão de Literatura. Prática Hospitalar, 15(86), 10-15.

Silva, L. A. V., & Iriart, J. A. B. (2010). Práticas e sentidos do barebacking entre homens que vivem com HIV e fazem sexo com homens. Comunicação saúde e educação, 14(35), 739-752.

Sullivan, P. S., Hamouda, O., Delpech, V., Geduld, J. E., Prejean, J., & Semaille, C. et al. (2009). Reemergence of the HIV epidemic among men who have sex with men in North America, Western Europe and Australia. 1996 - 2005. Annals of Epidemiology, 5(19), 423-431.

Szwarcwald, C. L. (2009). Taxas de prevalência de HIV e sífilis e conhecimento, atitudes e práticas de risco relacionadas às infecções sexualmente transmissíveis no grupo das mulheres profissionais do sexo no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde.

Turato, E. R. (2003). Tratado de metodologia da pesquisa clínico – qualitativa. Petrópolis: Editora Vozes.

Viana, N. J. Q. (2010). “É tudo psicológico! Dinheiro ... Pruuu! Fica logo duro!”: desejo, excitação e prazer entre boys de programa com práticas homossexuais em Recife. 2010. (Dissertação de Mestrado), Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife.