Trabalho e desenraizamento: um estudo sobre o sofrimento psicossocial gerado pela organização do trabalho fabril

Autores

  • Bernardo Parodi Svartman Instituto de Psicologia da USP

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir a atualidade do fenômeno psicossocial descrito por Simone Weil como desenraizamento operário. A autora, a partir de sua experiência de trabalho nas fábricas de Paris nos anos de 1935 e 1936, utilizou este conceito para descrever e analisar o sofrimento gerado pela organização do trabalho fabril. Buscou-se aqui comparar as reflexões da autora com entrevistas realizadas com nove trabalhadores metalúrgicos de fábricas da região do ABC paulista sobre as memórias das experiências de trabalho. A análise das biografias profissionais procurou responder a seguinte pergunta: as transformações ocorridas no mundo do trabalho, conhecidas genericamente como reestruturação produtiva, teriam transformado o fenômeno descrito por Simone Weil como desenraizamento operário? Os resultados apontam que o problema do desenraizamento é persistente e deve ser compreendido como intrinsecamente relacionado à organização capitalista do trabalho.

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Biografia do Autor

Bernardo Parodi Svartman, Instituto de Psicologia da USP

Doutor em Psicologia Social e do Trabalho. Docente de Psicologia Social Comunitária no Instituto de Psicologia da USP.

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Como Citar

Svartman, B. P. (2012). Trabalho e desenraizamento: um estudo sobre o sofrimento psicossocial gerado pela organização do trabalho fabril. Psicologia Revista, 20(2), 221–244. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/10342

Edição

Seção

Artigos Teóricos