“Falso emprego” e relações de trabalho em plataforma digital de transporte

Jerônimo Henrique Portes; Christian Munaier; Marcela Gonzalez

doi:10.23925/2178-0080.2023v25i3.60703

Autores/as

Jerônimo Henrique Portes Universidade Presbiteriana Mackenzie
Christian Munaier FEA-USP
Marcela Gonzalez

DOI:

https://doi.org/10.23925/2178-0080.2023v25i3.60703

Palabras clave:

Uberización, Economía compartida, Plataforma digital, Análisis de contenido, Trabajo precario

Resumen

Este artículo analizó la relación entre el contenido institucional y la práctica de las plataformas digitales de transporte en cuanto a las promesas y la realidad que se configuran en la relación comercial entre estas plataformas y los conductores registrados en ellas. De carácter cualitativo (análisis de contenido y entrevistas semiestructuradas; n=9), esta investigación tuvo dos pasos: primero, analizamos el contenido institucional exponiendo el posicionamiento de una de estas plataformas. En la segunda etapa, se realizaron entrevistas en profundidad a los conductores registrados en la plataforma analizada, buscando validar o no el contenido institucional de la plataforma. Las declaraciones de los entrevistados sugieren satisfacción con la remuneración que ofrece la plataforma. Por otro lado, hubo gran malestar en cuanto al trato, principalmente en cuanto a la seguridad y el proceso de evaluación de la plataforma. El falso empleo se evidencia en las declaraciones de los entrevistados, temerosos de perder el acceso a la plataforma como alternativa de subsistencia por las valoraciones negativas.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Jerônimo Henrique Portes, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Doutorando em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), especialização em Gestão Estratégica e Inteligência de Mercado pela Universidade Paulista (UNIP/2017), bacharel em Administração de Empresas pela Fundação Educacional Inaciana Padre Sabóia de Medeiros (FEI/2011). Mais de quatorze anos de atuação em instituições financeiras acumulando experiência em áreas relacionadas à Gestão de Riscos Financeiros e não Financeiros, Controles Internos, Governança Corporativa, Compliance, Prevenção à Lavagem de Dinheiro - PLD, Ouvidoria e Governança de Tecnologia da Informação. É responsável por treinamentos presenciais e e-learning de aculturamento e exigências regulatórias. Possui trabalhos publicados em revistas e congressos nacionais e internacionais. Professor para cursos de pós-graduação (lato sensu) ministrando as disciplinas de Governança Corporativa, Análise e Previsão de Dados Corporativos, Relacionamento Com Cliente e Metodologia Científica e orientando trabalhos de conclusão de cursos.

Christian Munaier, FEA-USP

Doutor em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Sua tese foi aprovada com Menção Honrosa e indicada ao prêmio de melhor tese do ano. Graduado em Processos Gerenciais pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EBAPE/FGV), certificado pela European Foundation for Management Development (EFMD). Mestre em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente, é pós-doutorando da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP), sob a supervisão do Prof. Dr. José Afonso Mazzon.Publicações: desde 2018, publicou nas mais prestigiadas revistas brasileiras, como RAUSP, REGE e ReMark. Possui trabalhos apresentados em alguns dos mais importantes congressos científicos do Brasil e do mundo. Entre eles, artigos na American Marketing Association Academic Conference, European Marketing Academy Annual Conference, Encontro da Anpad (EnAnpad), SemeAd e CLAV. É autor de livros e capítulos de livros, além de extensos serviços prestados como avaliador (jornais e congressos), com premiações que atestam sua competência.Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Marketing, ESG, Gestão Empresarial e de Pessoas, Empreendedorismo e Inovação.Como cientista de dados, desenvolveu projetos de análise preditiva de jornada de compra e brand equity para empresas transnacionais e projetos de análise preditiva de compra e churn. Como palestrante, já esteve em 3 continentes, compartilhando suas experiências em Gestão no Mercado de Wellness e Saúde. Suas participações mais recentes e relevantes foram: IHRSA Las Vegas 2013, IHRSA San Diego 2014 e 2019, IHRSA São Paulo 2013, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2019, IHRSA México 2017, além de palestras dadas em diferentes cidades da Argentina e em Portugal.

Citas

An, J., Ngo, L. V., Chylinski, M., & Tran, Q. (2019). Customer advocates with a generous heart. Journal of Services Marketing, 33(2), 192–205.

Apouey, B.; Roulet, A.; Solal, I.; Stabile, M. (2020). Gig Workers during the COVID-19 Crisis in France: Financial Precarity and Mental Well-Being. Journal of Urban Health.

Bardin, L. (2015). Análise de Conteúdo (1 ed.). Edições 70.

Bauman, Z., & Penchel, M. (2021). Globalização: As consequências humanas (1 ed.). Zahar.

Bennett, N., Glatter, R., & Levačić, R. (1994). Improving educational management through research and consultancy (1 ed.). Paul Chapman Publishing.

Bieber, F.; Moggia, J. (2020). Risk Shifts in the Gig Economy: The Normative Case for an Insurance Scheme against the Effects of Precarious Work. The Journal of Political Philosophy. Volume 0, Number 0, 2020, pp. 1–24.

Borges-Andrade, J. E., & Pilati, R. (2001). Comprometimento atitudinal e comportamental: relações com suporte e imagem nas organizações. Revista de Administração Contemporânea, 5(3), 85–106.

Borowiak, C. (2019). Poverty in Transit: Uber, Taxi Coops, and the Struggle over Philadelphia’s Transportation Economy. Antipode, 51(4), 1079–1100.

Brown, P., Lauder, H., & Ashton, D. (2010). The Global Auction: The Broken Promises of Education, Jobs, and Incomes (1 ed.). Oxford University Press.

Castells, M. (2013). A sociedade em rede (23 ed.). Paz & Terra.

Charmaz, K., & Belgrave, L. L. (2012). Qualitative Interviewing and Grounded Theory Analysis. In The SAGE Handbook of Interview Research: The Complexity of the Craft (pp. 347–366). SAGE Publications, Inc.

Christie, N., & Ward, H. (2019). The health and safety risks for people who drive for work in the gig economy. Journal of Transport and Health, 13(November 2018), 115–127.

De', R., Pandey, N., & Pal, A. (2020). Impact of digital surge during Covid-19 pandemic: A viewpoint on research and practice. International Journal of Information Management, 55, 102171 - 102171.

DePillis, L. (2015, February 3). New tech companies say freelancing is the future of work. But there’s a downside for workers. The Washington Post. https://www.washingtonpost.com/news/storyline/wp/2015/02/03/new-tech-companies-say-freelancing-is-the-future-of-work-policy-needs-to-catch-up/

Dowbor, L. (2018). A Tecnologia Anda Solta: A Era Da Perplexidade. Blog Ecofalante. https://ecofalante.org.br/blog/a-tecnologia-anda-solta-a-era-da-perplexidade-por-ladislau-dowbor-tematica-consumo/

Drahokoupil, J., & Fabo, B. (2016). The platform economy and the disruption of the employment relationship. ETUI Research Paper-Policy Brief, 5, 1–6.

Drahokoupil, J., & Jepsen, M. (2017). The digital economy and its implications for labour. 1. The platform economy. Transfer: European Review of Labour and Research, 23(2), 103–107.

Duggan, J., Sherman, U., Carbery, R., & McDonnell, A. (2019). Algorithmic management and app‐work in the gig economy: A research agenda for employment relations and HRM. Human Resource Management Journal.

Faria, M. D. de, Carvalho, A. F. S. de, & Carvalho, J. L. F. (2012). O Consumidor em Ambientes de Varejo Online e Offline: Similitudes, Contrastes e Influências Recíprocas. IX Simpósio de Excelência Em Gestão e Tecnologia, 17. http://www.ww.w.aedb.br/seget/artigos12/21916169.pdf

Forde, C., Stuart, M., Joyce, S., Oliver, L., Valizade, D., Alberti, G., Hardy, K., Trappmann, V., Umney, C., & Carson, C. (2017). The Social Protection of Workers in the Platform Economy. In The Social Protection of Workers in the Platform Economy: Study for the EMPL Committee. https://www.europarl.europa.eu/RegData/etudes/STUD/2017/614184/IPOL_STU%282017%29614184_EN.pdf

Freitas, M. E. de. (2006). Cultura organizacional: identidade, sedução e carisma? (5 ed.). FGV.

Frey, C. B., & Osborne, M. A. (2017). The future of employment: How susceptible are jobs to computerisation? Technological Forecasting and Social Change, 114, 254–280.

Friedman, L. T. (2017). Obrigado pelo atraso. Objetiva.

Friese, S. (2019). ATLAS.ti 8 Windows Guia Rápido. http://downloads.atlasti.com/docs/quicktour/QuickTour_a8_win_pt.pdf

Giddy, J. K. (2021). Uber and employment in the Global South: not-so-decent work. Tourism Geographies.

Howcroft, D. and Bergvall-K#areborn, B. (2019), “A typology of crowdwork platforms”, Work, Employment and Society, Vol. 33 No. 1, pp. 21-38.

Huws, U. (2015). Online labour exchanges or “crowdsourcing”: Implications for occupational safety and health.

John, N. (2020). What is meant by “sharing” in the sharing economy? Built Environment, 46(1), 11–21.

Jorens, Y. (2008). Self-Employment and Bogus Self-Employment in the European Construction Industry. https://biblio.ugent.be/publication/1112697/file/1112792

Kovács, Ii. (2015). Trabalho, crise económica e social e propostas para a saída da crise. FIRST INTERNATIONAL MEETING OF ISSOW, November 2014, 25–40.

Lai, P. H., Chuang, S. T., Zhang, M. C., & Nepal, S. K. (2020). The non-profit sharing economy from a social exchange theory perspective: a case from World Wide Opportunities on Organic Farms in Taiwan. Journal of Sustainable Tourism, 28(12), 1970–1987.

Li, Z., Hong, Y., & Zhang, Z. (2021). The Empowering and Competition Effects of the Platform-Based Sharing Economy on the Supply and Demand Sides of the Labor Market. Journal of Management Information Systems, 38(1), 140–165.

Mishra, S., & Bathini, D. R. (2020). Uber’s entrepreneurship discourse and its neoliberal appeal: analysis of coverage in English-language dailies in India. Critical Discourse Studies, 17(4), 394–411.

Montgomery, T., & Baglioni, S. (2020). Defining the gig economy: platform capitalism and the reinvention of precarious work. International Journal of Sociology and Social Policy, ahead-of-print(ahead-of-print).

Munaier, C. G. e S., & Las Casas, A. L. (2019). A Membership Program and a Complain Website: How Sport Clubs Manage Experiences of Their Members. Journal on Innovation and Sustainability RISUS, 10(3), 75–87.

Parigi, P., & State, B. (2014). Disenchanting the World: The Impact of Technology on Relationships. International Conference on Social Informatics, 29, 166–182.

Perelman, C., & Olbrechts-Tyteca, L. (2014). Tratado da argumentação: A nova retórica (3 ed.). WMF Martins Fontes.

PwC. (2015). The Sharing Economy: Consumer Intelligence Series. https://www.pwc.com/us/en/technology/publications/assets/pwc-consumer-intelligence-series-the-sharing-economy.pdf

Quivy, R., & Campenhoudt, L. Van. (1998). Manual de Investigação em Ciências Sociais (2 ed.). Gradiva.

Ravenelle, A. J. (2017). Sharing economy workers: Selling, not sharing. Cambridge Journal of Regions, Economy and Society, 10(2), 281–295.

Rifkin, J. (2000). A Era Do Acesso. Pearson.

Rifkin, J. (2004). O Fim dos Empregos também visualizaram Detalhes do produto (1 ed.). Mbooks.

Schor, J. (2016). Debating the Sharing Economy. Journal of Self-Governance and Management Economics, 4(3), 7. https://doi.org/10.22381/jsme4320161

Serrano, P. H. S. M., & Baldanza, R. F. (2017). Tecnologias disruptivas: o caso do Uber. Revista Pensamento Contemporâneo Em Administração, 11(5), 37.

Sharma, P. (2020). Digitalisation and precarious work practices in alternative economies: Work organisation and work relations in e-cab services. Economic and Industrial Democracy 1–26.

Siqueira, M. M., & Gomide Jr., S. (2004). Vínculos do indivíduo com o trabalho e com a organização. In J. C. Zanelli, J. E. Borges Andrade, & A. V. Bittencourt Bastos (Eds.), Psicologia, organizações e trabalho no Brasil (pp. 317–348). Artmed.

Standing, C., Holzweber, M., & Mattsson, J. (2016). Exploring emotional expressions in e-word-of-mouth from online communities. In Information Processing and Management (Vol. 52, Issue 5, pp. 721–732).

Uber. (2021). Website Uber. Ganhe Dinheiro Dirigindo Com a Uber. https://www.uber.com/a/join-new/

Vallas, S.; Schor, J. B. (2020). What do platforms do? Understanding the gig economy? Annual Review of Sociology. Vol. 46, 273-294. 10.1146/annurev-soc-121919-054857.

Vasconcelos, I., Prestes Motta, F. C., & Pinochet, L. H. C. (2003). Tecnologia, Paradoxos Organizacionais e Gestão de Pessoas. RAE, 43(2), 94–106.

Vergara, S. C. (1998). Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração (2 ed.). Atlas.

Weiner, J. (2015, February 20). The hidden costs of being an Uber driver. The Washington Post, 1–3. https://www.washingtonpost.com/news/get-there/wp/2015/02/20/the-hidden-costs-of-being-an-uber-driver/

Wood, A. L.; Graham, M.; Lehdonvirta, V.; Hjorth, I. (2019). Good Gig, Bad Gig: Autonomy and Algorithmic Control in the Global Gig Economy. Work, Employment and Society. Vol. 33(1) 56–75.

Yin, R. K. (2015). Qualitative Research from Start to Finish (2 ed.). The Guilford Press.