O risco-retorno das carteiras dos RPPS e a influência dos aumentos de limites do pró-gestão
DOI:
https://doi.org/10.23925/2446-9513.2022v9id57716Palavras-chave:
RPPS, Investimentos, Pró-Gestão, Risco e RetornoResumo
O artigo analisa o risco e retorno das aplicações dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) no Brasil, segundo o nível de certificação Pró-Gestão. Este regime alcança todos os servidores públicos, e seus investimentos são regulamentos pela Resolução CMN nº 3.922/2010, que estabelece os limites percentuais para serem aplicados nos segmentos renda fixa, variável e fundos de investimento. Para a realização deste estudo foram coletadas todas as informações relativas aos RPPSs na legislação brasileira, bem como as características pertinentes à Pró-Gestão na base de dados Quantum Axis no período entre abril de 2019 e abril de 2021. As evidências mostram que, com os níveis de certificação implantados, é possível otimizar o risco e retorno das carteiras de investimentos e alcançar as metas atuariais. A contribuição é a verificação da importância do programa Pró-Gestão para os investimentos oriundos dos RPPSs e o ganho para os gestores na decisão sobre investimentos.
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