Ceci est une version obsolète publiée le 2021-12-14. Consultez la version la plus récente.

MULHERES QUE TRABALHAM

AS REPRESENTAÇÕES PROFISSIONAIS DAS MULHERES NOS ESTADOS NOVOS DE GETÚLIO VARGAS E ANTÓNIO SALAZAR

Auteurs

  • Leandro Pereira Gonçalves Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
  • Vitória Almeida Machado Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Colégio Marista Ipanema.

DOI :

https://doi.org/10.23925/2176-2767.2021v72p335-358

Mots-clés :

Corporativismo, Mulheres, Imprensa, Trabalho feminino, Estado Novo

Résumé

Este artigo tem como objetivo comparar a representação das mulheres no mundo do trabalho nas revistas femininas, Jornal das Moças no Brasil e Modas e Bordados - Vida Feminina em Portugal durante os Estados Novos dos respectivos países de 1937 a 1945. Os regimes autoritários de cunho corporativista, como se caracterizavam os Estados Novos no Brasil e em Portugal, possuíam discursos e projetos políticos voltados às mulheres a fim de estabelecer seus espaços delimitados ao privado. Para tanto, contextualizou-se os governos de Getúlio Vargas e de António de Oliveira Salazar assim como a história dos periódicos em análise. Apoiando-se na imprensa periódica enquanto fonte central de análise teve a pretensão de investigar os papéis sociais estabelecidos para as mulheres a partir da metodologia da História Comparada. Por último, optou-se por comparar os regimes e os periódicos a fim de compreender suas atuações na sociedade, em especial às mulheres e o trabalho feminino.

Bibliographies de l'auteur

Leandro Pereira Gonçalves, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Professor do Departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com atuação no Programa de Pós-Graduação em História. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) com estágio (junior visiting fellowship), no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e com pós-doutoramento pela Universidad Nacional de Córdoba (Centro de Estudios Avanzados/Argentina). Coordenador da Rede de Investigação, Direitas, História e Memória e Investigador colaborador do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa (CEHR/UCP).

Vitória Almeida Machado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Colégio Marista Ipanema.

Mestra pelo Programa de Pós-graduação em História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Graduada em História pela Faculdade Porto-Alegrense (FAPA). Pesquisadora da Rede de Investigação, Direitas, História e Memória e professora do Colégio Marista Ipanema.

Références

ALBUQUERQUE, D. H. O discurso estabelecido na revista Jornal das Moças. VII Simpósio Nacional de História Cultural, São Paulo, 2014. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2014.

ALMEIDA, N. M. A. de. Jornal das Moças: leitura, civilidade e educação

femininas (1932-1945). 2008. Tese (Doutorado em Educação Brasileira) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2008.

ALMEIDA, N. M. A. de. Revistas femininas e educação da mulher: o Jornal das Moças. Congresso de Leitura do Brasil, 16º, Campinas, SP, 2006. Campinas, SP, 2006.

BARROS, J. A. História comparada – da contribuição de Marc Bloch à constituição de um moderno campo historiográfico. História Social, n. 13, pp. 7-21, 2007.

CALIL, L. E. S. História do direito do trabalho da mulher: aspectos histórico-sociológicos do início da República ao final deste século. São Paulo: LTr, 2000.

COVA, A.; PINTO, A. C. O salazarismo e as mulheres: uma abordagem comparativa. Penélope: Revista de História e Ciências Sociais, n. 17, pp. 71-94, 1997.

CRUZ, M. B. O partido e o Estado no salazarismo. Lisboa: Presença, 1988.

FIADEIRO, Maria Antónia. Maria Lamas: Biografia. Lisboa: Quetzal, 2003.

GONÇALVES, L. P. Plínio Salgado: um católico integralista entre Portugal e o Brasil (1895-1975). Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018.

GORJÃO, V. Mulheres em tempos sombrios: oposição feminina ao Estado Novo.

Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2002.

HIGONNET, A. Mulheres, imagens e representações. In: DUBY, Georges; PERROT,

M. (org.). História das mulheres no ocidente: o século XX. Porto: Afrontamento,

pp. 325-343.

LAMAS, M. A mulher no mundo. Lisboa; Rio de Janeiro: Livraria Editora da Casa do Estudante do Brasil, 1952. v. I e II.

LOFF, M. “O nosso século é fascista!” O mundo visto por Salazar e Franco (1936-1945). Porto: Campo das Letras, 2008.

MACHADO, V. A. Para além de bordadeiras: a representação feminina nos periódicos Jornal das Moças e Modas e Bordados durante os Estados Novos (1937-1945). 2018. Dissertação (Mestrado em História) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.

MADEIRA, J. (coord.). Vítimas de Salazar: Estado Novo e violência política. Lisboa: Esfera dos Livros, 2007.

MUSTAFÁ, I. O uso político do rádio pelos ditadores Getúlio Vargas (Brasil) e António de Oliveira Salazar (Portugal) no período de 1930-1945. 2014. Tese (Doutorado em Comunicação Social) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.

NAHES, S. Revista FON-FON: a imagem da mulher no Estado Novo (1937-

. São Paulo: Arte & Ciência, 2007.

OSTOS, N. S. C. Terra adorada, mãe gentil: representações do feminino e da natureza no Brasil da Era Vargas (1930-1945). 2009. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

PASCHKES, M. L. A. A ditadura salazarista. São Paulo: Brasiliense, 1985.

PERROT, M. Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2007.

PIMENTEL, I. F. A cada um o seu lugar: a política feminina do Estado Novo.

Lisboa: Temas e Debates e Círculo de Leitores, 2011.

PINTO, A. C. O Estado Novo português e a vaga autoritária dos anos 1930 do século XX. In. MARTINHO, F. C. P.; PINTO, A. C. (org.). O corporativismo em português: estado, política e sociedade no salazarismo e no varguismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. p. 17-43.

PINTO, A. C. O salazarismo e o fascismo europeu: problemas de interpretação nas Ciências Sociais. Lisboa: Estampa, 1992.

RAGO, M. Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar e a resistência anarquista. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

RAGO, M. Trabalho feminino e sexualidade. In: PRIORE, M. D. História das

mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto; UNESP, 1997. pp. 578-606.

REZOLA, M. I. A Igreja Católica portuguesa e a consolidação do salazarismo. In: MARTINHO, F. C. P.; PINTO, A. C. (org.). O corporativismo em português: estado, política e sociedade no salazarismo e no varguismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. pp. 239-271.

RODRIGUES, M. D. Mulheres e cidadania na revista Modas & Bordados: representação de um percurso de mudança entre 1928-1947. 2016. Dissertação (Mestrado) – Escola Superior de Comunicação Social, Lisboa, 2016.

ROSAS, F. O Estado Novo. In: MATTOSO, José (dir.). História de Portugal.

Lisboa: Estampa, 1998. v. III.

ROSAS, F. O Estado Novo nos anos trinta. Lisboa: Estampa, 1986

SCHMITTER, P. C. Portugal: do autoritarismo à democracia. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 1999.

SIMÕES, R. D.; GONÇALVES, L. P. Nem só mãe, esposa e professora: os múltiplos campos de atuação da mulher militante integralista. In: CRUZ, N. R. (org.). Ideias e práticas fascistas no Brasil. Rio de Janeiro: Garamond, 2012. pp. 61-82.

TELO, A. J. A obra financeira de Salazar: a ditadura financeira como caminho para a

unidade política, 1928-1932. Análise Social, Lisboa, v. 29, n. 128, pp. 779-800, 1994.

TORGAL, L. R. Estados Novos Estado Novo: ensaios de História Política e Cultural. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2009. v. 2.

Téléchargements

Publiée

2021-12-14 — Mis à jour le 2021-12-14

Versions

Comment citer

Gonçalves, L. P., & Machado, V. A. (2021). MULHERES QUE TRABALHAM: AS REPRESENTAÇÕES PROFISSIONAIS DAS MULHERES NOS ESTADOS NOVOS DE GETÚLIO VARGAS E ANTÓNIO SALAZAR. Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 72, 335–358. https://doi.org/10.23925/2176-2767.2021v72p335-358