A “subversão das boas normas”:
Revis(i)ta(n)do erros da língua portuguesa (1880-1930)
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2767.2022v74p205-229Palavras-chave:
língua, história e literaturaResumo
No Brasil do início do século passado, debates em torno da língua portuguesa estamparam as páginas de diversas revistas e periódicos. No centro dessas discussões estavam questões referentes ao purismo linguístico, ao papel do povo na constituição do vernáculo, ao lugar dos intelectuais e escritores, à difusão de novos meios de comunicação e à integração dos imigrantes. Neste artigo, analisamos textos que foram publicados pela imprensa brasileira entre as duas últimas décadas do século XIX e as três primeiras décadas do século XX e que trazem tais temáticas à tona. A imprensa foi escolhida por ser um lócus catalisador dos debates ocorridos acerca da língua portuguesa, já que atravessava a vida intelectual naquele momento.
Referências
A REFORMA orthographica. O Dia, Curitiba, n. 2443, 11 jan. 1930.
ALVES, V. A utilidade das grammaticas. Folha do Norte, Belém, n. 79, 19 mar. 1896.
ANTONIUS. A orthographia. Fon-Fon, Rio de Janeiro, n. 43, 21 out. 1916.
ASSIS, M. de. A lingua. A Semana, Rio de Janeiro, n. 144, 01 out. 1887.
BOURDIEU, P. Usos do Povo. In: Coisas ditas, São Paulo: Brasiliense, 2004.
BUENO, F. da S. da. A formação histórica da língua portuguêsa. São Paulo, Saraiva, 1967.
BURKE, P. A Arte da conversação. São Paulo: Ed. UNESP, 1995.
BURKE, P. Linguagens e comunidades nos Primórdios da Europa Moderna. São Paulo: Unesp, 2010.
BURKE, P. História social da linguagem. São Paulo: Editora da Unesp, 1997.
CHRONICA. A Cigarra. São Paulo, n. 257, mar. 1925.
COSTA, C. Pena de aluguel. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
COSTA, N. A lingua que falamos. A.B.C: Politicas, Actualidades, Questões Sociaes, Lettras e Artes. Rio de Janeiro, n. 433, 23 jun. 1923.
DOLORES, C. A Semana. O Paiz, Rio de Janeiro, n. 8326, 01 jul. 1907
ELIAS, N. O processo Civilizador. V.1: uma história dos costumes. Trad. Ruy Jungmann. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
ESTRADA, O. D. A ortographia academica. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, n. 3034, 17 mai. 1907.
FILO-Logo. Questõez grammaticaes. Careta, n. 209, 01 jun. 1912.
GOMES, A. Ortographia uniforme. A Escola Primaria, Rio de Janeiro, n. 08, 01 mai. 1917.
LAET, C. de. Microcosmo. O Paiz, Rio de Janeiro, n. 8330, 25 jul. 1907.
LAET, C. de. Microcosmo. O Paiz, Rio de Janeiro, n. 8337, 01 ago. 1907.
MELO, G. C. [1946]. A língua do Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1971.
NETTO, O. Pela cidade: o calão. A Capital. Bahia, n. 82, 01 jan. 1927.
NUNES, J. de Sá. Consultório de Advocacia Gramatical. Brasiliana, Rio de Janeiro, n. 01, jan. 1925.
PEDERNEIRAS, R. Geringonça carioca. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 1922.
POBRE lingua! O seculo, Rio de Janeiro, n.50, 16 out. 1906.
RIO, J. do [1906]. O momento literário. Rio de Janeiro: H. Garnier, Livreiro-Editor, s/d.
RODRIGUES, F. C. A Reforma ortográphica. Estado de Goyaz, n. 89, 05 fev. 1930.
RODRIGUES, J. Prosas e Glosas. A Cruzada, São Luiz do Maranhão, n. 92, 31 jan. 1891.
RODRIGUES, J. P. C. de S. A pátria e a flor: língua, literatura e identidade nacional no Brasil, 1840-1930. Campinas, 2002. 314f. Tese (Doutorado em História) – IFCH, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2002.
RÜSEN, J. Razão Histórica. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
SOUZA, L. de. A Reforma da escripta. A Escola, Curitiba, n. 01, mar. 1908.
VELLOSO, M. P. Falas da cidade: conflitos e negociações em torno da identidade cultural no Rio de Janeiro. ArtCultura, Uberlândia, v.7, n.11, jul. – dez. 2005.
VELLOSO, M. P. Triunfos as ondas do mar: linguagens e espaços urbanos no Rio de Janeiro. In: PESAVENTO, S. J. (Org.) Escritas, linguagens, objetos: leituras de História Cultural. Bauru: EDUSC, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Projeto História : Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.