Drones de coronavírus como um gênero cinematográfico

espetáculos de distância e melancolia

Autores

  • Caren Kaplan Universidade da Califórnia Davis, Estudos Americanos e Estudos Culturais, Davis, Califórnia, Estados Unidos
  • Patricia R. Zimmermann Ithaca College, Screen Studies (Audiovisual), Nova York, Nova York, Estados Unidos
  • Marina Costin Fuser Universidade de São Paulo, Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-3585.2021i24p27-39

Palavras-chave:

Afetos

Resumo

Durante março e início de abril de 2020, na medida em que a Covid-19 circulava pelo mundo, imagens de cidades surpreendentemente vazias passaram a pipocar nas redes sociais e postadas no YouTube. As imagens, produzidas em geral por operadores de drones profissionais ou amadores, foram apresentadas de maneira tão semelhante que sugere que um gênero cinematográfico específico possa estar surgindo.

Quando o curador do Hallwalls, Edmund Cardoni, postou imagens de drones de Buffalo, em Nova York, que na época se tornava o segundo ponto de acesso do coronavírus no estado de Nova York, uma conversa que começou no Facebook gerou esta entrevista, publicada no Quorum da Film Quarterly. Patricia R. Zimmermann, que integra o conselho editorial da Film Quarterly, publicou novamente o vídeo e perguntou “a filmagem do drone do coronavírus é um novo gênero cinematográfico?” Caren Kaplan, que pesquisa imagens aéreas e militarismo, respondeu “Que interessante! O símbolo icônico da tecnologia à distância produz imagens de distanciamento social.” Uma discussão animada se seguiu, levando B. Ruby Rich a convidá-las a desenvolver o diálogo no Quorum da Film Quarterly.

Biografia do Autor

Caren Kaplan, Universidade da Califórnia Davis, Estudos Americanos e Estudos Culturais, Davis, Califórnia, Estados Unidos

Caren Kaplan é professora de Estudos Americanos e Estudos Culturais na Universidade da Califórnia Davis, onde também integra o Humanities Innovation Lab, a Mellon Research Initiative in Digital Cultures, e é engajada com experimentos em Gamificação. É autora de diversos livros e publicações na área de estudos culturais, estudos de gênero, estudos audiovisuais e comunicação.

Patricia R. Zimmermann, Ithaca College, Screen Studies (Audiovisual), Nova York, Nova York, Estados Unidos

Patricia R. Zimmermann é professora de Screen Studies (Audiovisual) no Ithaca College, em Nova York. Ela integrou a Shaw Foundation Professor of New Media in the School of Communication and Information na Nanyang Technological University em Singapura e a Ida Beam Professor of Cinema and Comparative Literature na Universidade de Iowa. Ela é autora de diversos libros e mais de 200 publicações na área de teoria fílmica, mídia e comunicação.

Marina Costin Fuser, Universidade de São Paulo, Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil

Marina Costin Fuser é cientista social, doutora em cinema e estudos de gênero em Sussex (CAPES), com doutorado-sanduíche em Berkeley. Atualmente faz pós-doutorado no IEA-USP sobre tecnologias de aprendizagem e em tecnologias da inteligência sobre a semiótica de robôs feministas no TIDD/PUC-SP. Dentre suas pesquisas, se destacam: um estudo acerca da emancipação da mulher em Simone de Beauvoir, mulheres no teatro político de Hilda Hilst, e o nomadismo no cinema de Trinh T. Minh-ha. Em Sussex, lecionou no campo de estudos culturais. Publicou os livros Palavras que Dançam à Beira de um Abismo: Mulher na dramaturgia de Hilda Hilst (EDUC) e co-editou Mulheres Atrás das Câmeras: As Cineastas Brasileiras de 1930 a 2018 (Estação Liberdade).

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Publicado

2022-03-09