Literatura de Viagem, Religião e a invenção do outro: representando identidade na Floresta Amazônica

Autores

  • Davi Gonçalves UFSC

DOI:

https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v6n11p264-286

Resumo

A proposta deste artigo é analisar como as preconcepções dos escritores de viagem do chamado Velho Mundo determinou como estes entenderiam o espaço americano. Tal conhecimento é mais especificamente direcionado, em meu estudo, no campo da religião e política, sendo que minha análise visa escrutinar como tais áreas permitiram – e ainda permitem – que se chegasse a conclusões questionáveis já que tanto o cristianismo quanto o capitalismo (instituições cruciais na sociedade ocidental) possuem uma tradição normativa de desconsiderar a possibilidade de que quaisquer significados desviem de sua estrutura. Meu contexto específico, assim, concerne ao livro de viagens A Journey in Brazil (Agassiz, 1868) e a compilação de Maria Helena Machado do diário de William James – Brazil through the Eyes of William James (James, 2006) – ambos escritos durante a mesma viagem para a Amazônia. Os principais resultados da pesquisa são: os projetos ambiciosos de Louis Agassiz na América – mais especificamente na Amazônia – impossibilitaram que ele fosse tão desafiado pela viagem quanto William James; existe evidência literária suficiente para se afirmar que, em termos gerais, seu chauvinismo cristão o deixou imóvel frente à diferença.

Biografia do Autor

Davi Gonçalves, UFSC

Possui Licenciatura em Letras Inglês e Literaturas Correspondentes pela Universidade Estadual de Maringá (2010); Bacharelado em Tradução em Língua Inglesa pela mesma instituição (2011); Formação Técnica em Música no Instrumento Piano (2011); e Mestrado em Estudos Linguísticos e Literários em Língua Inglesa pela Universidade Federal de Santa Catarina (2014). Atualmente é Doutorando na área de Teoria, Crítica e História da Tradução na mesma instituição; revisor (inglês) do African Journal of Political Science (2015); revisor (inglês) do periódico Cadernos de Tradução (2013); revisor (inglês) da revista Interfaces Brasil/Canadá (2013); tradutor voluntário para a Universidade do Arizona, EUA (2011) e para a OSHO International Foundation, Zurich, Switzerland (2012). Seus principais interesses estão voltados para os seguintes temas: Tradução Literária, Literatura em Língua Inglesa, Revisionismo Histórico, Intertextualidade Literária, Literatura e Ecocrítica, Antipastoralismo, Estudos Interseccionais, Literatura Traduzida, Metaficção Historiográfica, Literatura e Resistência, Estudos Culturais, Literatura Migrante, Teopoética, Literatura Utópica e Diatópica, Literatura de Viagem, Crítica Literária Marxista, Materialismo Dialético, Materialismo Histórico, Literatura Canadense, Americanidade e Literatura Comparada.

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Publicado

2016-07-07

Como Citar

Gonçalves, D. (2016). Literatura de Viagem, Religião e a invenção do outro: representando identidade na Floresta Amazônica. TEOLITERARIA - Revista De Literaturas E Teologias, 6(11), 264–286. https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v6n11p264-286