Literatura de Viagem, Religião e a invenção do outro: representando identidade na Floresta Amazônica
DOI:
https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v6n11p264-286Resumo
A proposta deste artigo é analisar como as preconcepções dos escritores de viagem do chamado Velho Mundo determinou como estes entenderiam o espaço americano. Tal conhecimento é mais especificamente direcionado, em meu estudo, no campo da religião e política, sendo que minha análise visa escrutinar como tais áreas permitiram – e ainda permitem – que se chegasse a conclusões questionáveis já que tanto o cristianismo quanto o capitalismo (instituições cruciais na sociedade ocidental) possuem uma tradição normativa de desconsiderar a possibilidade de que quaisquer significados desviem de sua estrutura. Meu contexto específico, assim, concerne ao livro de viagens A Journey in Brazil (Agassiz, 1868) e a compilação de Maria Helena Machado do diário de William James – Brazil through the Eyes of William James (James, 2006) – ambos escritos durante a mesma viagem para a Amazônia. Os principais resultados da pesquisa são: os projetos ambiciosos de Louis Agassiz na América – mais especificamente na Amazônia – impossibilitaram que ele fosse tão desafiado pela viagem quanto William James; existe evidência literária suficiente para se afirmar que, em termos gerais, seu chauvinismo cristão o deixou imóvel frente à diferença.
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