A cintilância dos escuros
DOI:
https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v1n2p161-175Resumo
O artigo buscou perceber na poética de Manoel de Barros os motivos obscuridade, ignorãça e desutilidade, freqüentes em sua na obra, que parecem ser marcas de um esforço para pensar o que nos excede enquanto projeto e discurso, e de desejar “atingir a pureza de não se saber mais nada” (BARROS, 2003, p.29). A análise de fragmentos selecionados de sua poesia busca aproximá-lo de uma tradição místico-apofática onde a negatividade (expressa nas metáforas da escuridão, do vazio e do deserto freqüentes nos discursos místicos) é tomada como intrínseca ao exercício reflexivo sobre os fundamentos de nossa realidade.
Palavras-chave: Manuel de Barros, obscuridade, poesia negativa, mística
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