A cintilância dos escuros

Autores

  • Cleide Maria de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v1n2p161-175

Resumo

O artigo buscou perceber na poética de Manoel de Barros os motivos obscuridade, ignorãça e desutilidade, freqüentes em sua na obra, que parecem ser marcas de um esforço para pensar o que nos excede enquanto projeto e discurso, e de desejar “atingir a pureza de não se saber mais nada” (BARROS, 2003, p.29). A análise de fragmentos selecionados de sua poesia busca aproximá-lo de uma tradição místico-apofática onde a negatividade (expressa nas metáforas da escuridão, do vazio e do deserto freqüentes nos discursos místicos) é tomada como intrínseca ao exercício reflexivo sobre os fundamentos de nossa realidade.

Palavras-chave: Manuel de Barros, obscuridade, poesia negativa, mística

Biografia do Autor

Cleide Maria de Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

O artigo integra minha tese de doutoramento de título “Por um Deus que seja noite, abismo e deserto: considerações sobre a linguagem apofática”, defendida na PUC-Rio em 2010. Doutora em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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Publicado

2011-12-09

Como Citar

Maria de Oliveira, C. (2011). A cintilância dos escuros. TEOLITERARIA - Revista De Literaturas E Teologias, 1(2), 161–175. https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v1n2p161-175