O som secular da religião: elementos religiosos na linguagem aberta e estética da prosa-poética musical buarqueana
DOI:
https://doi.org/10.19143/2236-9937.2018v8n16p322-347Palavras-chave:
Chico Buarque, Umberto Eco, estética, obra aberta, linguagem religiosa,Resumo
A obra musical de Chico Buarque vem sendo estudada durante as últimas décadas. Ela constitui um retrato do Brasil desde os anos 60 e continua atual, ainda que aborde temáticas não necessariamente políticas e de protesto. O seu valor estético é incomensurável. Não apenas pelo uso do nosso vocabulário esquecido, explorando suas filigranas, mas principalmente pela forma como tal vocabulário está utilizado, pelo mosaico que ele forma, possibilitando leituras as mais diversas possíveis – trata-se de uma obra aberta, na qual os limites entre o real e o ficcional são tênues. Nesse particular, o instrumental hermenêutico-semiótico e filosófico de Umberto Eco torna-se por demais útil para decifrar e compreender seus enigmas, que abrangem aspectos de intertextualidade literária, biográficos, políticos, de relacionamentos pessoais, de ética social e também religiosos na descrição do imaginário brasileiro, recorte que aqui escolhemos como fator de delimitação.Referências
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