Mística como poética social. A fábula de Michel de Certeau.
DOI:
https://doi.org/10.19143/2236-9937.2019v9n17p212-242Palavras-chave:
Michel de Certeau, mística, poética, ética, modernidadeResumo
O artigo busca apresentar Michel de Certeau através seus escritos que retratam a mística na modernidade. O autor francês tem uma visão original da experiência mística, pois essa é ligada no seu íntimo com a sociedade. A mística moderna é a presença de um Outro que guia o místico ao encontro dos «outros», uma experiência fundada sobre um fundamento poético e que abre espaço para uma poética da ética. São em inúmeros momentos que Michel de Certeau deixa isso claro: na sua análise da posição dos sujeitos actantes, nos Exercícios de Inácio de Loyola e no experimento que Nicolau de Cusa pede para ser realizado. Em todos esses momentos a mística e o espaço infinito da poética voltam a ser encontrar impulsionados pelo desejo de fundo de amar e ser amado do homem.
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