Escrita de si em Etty Hillesum: da condição feminina a experiência mística
DOI:
https://doi.org/10.23925/2236-9937.2020v21p262-281Palavras-chave:
Feminino, mística, diário, campos nazistas.Resumo
Este artigo objetiva inquerir os escritos de Etty Hillesum a partir de uma perspectiva de sua condição humana e de sua privação de liberdade em um campo de concentração nazista. Desse espaço, ela questiona a si e a sua situação de ser mulher, sujeito de desejos para um processo interior de mudança. Para tal encontra no diário e nas cartas, a voz necessária para acalentar o EU e se ancora fortemente na espiritualidade. Aliada a uma pesquisa bibliográfica perscrutamos seu diário e cartas para estudar as suas diversas experiências e o sentido ético por ela construído. Ao viver dualidades diversas demonstra certa capacidade para uma ação criada e propiciada por relações concretas e historicamente configuradas. Ela também questiona o feminino e o feminismo e alerta que as mulheres devem resistir à ordem dominante masculina, subvertendo significados a partir de suas mais diferentes possibilidades, incluindo uma retórica emocional e espiritual.
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