O testemunho como linguagem do indizível. Um objeto inobjetável e sua jurisdição de possibilidades a partir da escola fenomenológica de Jean-Luc Marion

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2236-9937.2020v21p206-229

Palavras-chave:

Testemunho, dom, adonado, possibilidade

Resumo

A categoria testemunho tem alcançado nas últimas décadas um significado decisivo. Depois de um longo período de esquecimento emerge no âmbito eclesial, principalmente a partir do Concílio Vaticano II, como um instrumento de possibilidade de redescoberta da positividade da relação entre a Verdade comunicada e a liberdade responsiva. Nessa perspectiva, o testemunho pertence a ordem do mistério da liberdade humana. O presente artigo examina a categoria testemunho como linguagem do indizível, uma vez que, compreendido como linguagem, a categoria não se apresenta simplesmente como um argumento para a razão, mas portadora de “algo a mais” e indizível, capaz de dar sentido a uma vida que se entrega até às últimas consequências em uma plena liberdade. A reflexão, fundamentando-se na relação entre fenomenologia e teologia em Jean-Luc Marion, tem a responsabilidade de demonstrar que o testemunho enquanto linguagem do indizível excede em sentido e se manifesta como fenômeno saturado.

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Publicado

2020-10-10

Como Citar

Xavier, D. J. (2020). O testemunho como linguagem do indizível. Um objeto inobjetável e sua jurisdição de possibilidades a partir da escola fenomenológica de Jean-Luc Marion. TEOLITERARIA - Revista De Literaturas E Teologias, 10(21), 206–229. https://doi.org/10.23925/2236-9937.2020v21p206-229

Edição

Seção

Dossiê: Invisível e Indizível