A Narrativa da Criação nos versos da mulher que enganou o Diabo
DOI:
https://doi.org/10.23925/2236-9937.2022v28p81-110Palavras-chave:
Cordel, Diabo, Exorcismo, Paraíso, Teopoética.Resumo
Este artigo apresenta uma aproximação entre a literatura de cordel e o texto bíblico de Gênesis 1 - 2, em vista de uma releitura da narrativa da Criação nos versos de A Mulher que enganou o Diabo, de Manoel D’Almeida Filho. A teopoética é o viés deste artigo, considerando o entendimento de Antônio Manzatto e José Carlos Barcellos como pano de fundo da aproximação entre a teologia e a literatura. A metodologia é a pesquisa bibliográfica e a leitura analítica dos, promovendo a compreensão do imaginário cordelista sobre a Criação nos sete mandatos de Maria da Conceição e a comparação com a narrativa bíblica. Ao levar o Diabo a realizar as obras do bem, a mulher consolida uma inversão dos poderes do maligno. Se no paraíso bíblico uma mulher foi enganada pela serpente, no paraíso cordelístico uma mulher astuta engana o Diabo. O lugar do mal é ressignificado e o Diabo é quem é expulso. Maria herda o novo mundo e todos vivem felizes louvando a Deus Todo Poderoso. O poeta põe em versos o sonho de um lugar bom de se viver, um paraíso onde não há espaço para o mal e nem para o Diabo.Referências
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