Vitalidade da Ótica Feminina: Adélia Prado poeticamente habita na Mística

Autores

  • Kellen Irene Rabelo Borges Universidade do Estado do Pará
  • Josias da Costa Júnior Universidade do Estado do Pará, Departamento de Filosofia e Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião.

DOI:

https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v6n11p174-197

Palavras-chave:

Vitalidade, Mística e Poesia.

Resumo

Este artigo é resultante das pesquisas desenvolvida pelo projeto “Mística e Vitalidade na poética de Adélia Prado”. A proposta inicial é apresentar a poética adeliana no espaço das discussões a repeito da mística. Para esse objetivo reflexões interdisciplinares e multidisciplinares proporcionam a finalidade de analisar as relações entre literatura – no estilo poesia – e a teologia – na categoria do estudo da mística. As contribuições teóricas são de cunho literário, filosófico, teológico e a metodologia é de caráter bibliográfico. Em uma concepção eliadiana, o mundo é sagrado, e as pessoas estão passíveis a experiência religiosa através dos meios que a cultura possibilita. Tal experiência é relatada através de vários gêneros literários, como por exemplo, a poesia. Os diálogos traçados entre literatura e teologia impulsionam questões a respeito da relação e a comunicação que ocorre entre humano e divino. Quando essa comunicação acontece a partir da ótica de uma vitalidade feminina com o sagrado essa temática ganha um contorno diferente, ainda mais se a poesia é a ferramenta utilizada. Em Adélia Prado sua vitalidade se expressa na poética que também a faz habitar na mística.

Biografia do Autor

Josias da Costa Júnior, Universidade do Estado do Pará, Departamento de Filosofia e Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião.

Doutorado em Teologia. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio.Pós-Doutorado.
Universidade Federal Fluminense, UFF.

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Publicado

2016-07-06

Como Citar

Borges, K. I. R., & Júnior, J. da C. (2016). Vitalidade da Ótica Feminina: Adélia Prado poeticamente habita na Mística. TEOLITERARIA - Revista De Literaturas E Teologias, 6(11), 174–197. https://doi.org/10.19143/2236-9937.2016v6n11p174-197