Causas e tratamento da hipercromia periorbital

Autores

  • Glauber Alcântara Oliveira Universidade FUMEC
  • Andres Raimundo Paiva Universidade FUMEC

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1984-4840201623330

Palavras-chave:

envelhecimento da pele, pálpebras, hiperpigmentação, edema, técnicas cosméticas

Resumo

A região periorbital é uma das primeiras áreas a mostrar sinais do envelhecimento, como rugas, flacidez e hiperpigmentação periorbital (HPO). A HPO interfere na aparência facial provocando aspecto de cansaço, tristeza ou ressaca. Possui etiopatogenia complexa que inclui múltiplos fatores que podem ser de causa primária ou secundária. Os fatores genéticos são considerados de causa primária, enquanto os ambientais são de causa secundária. Assim, são exemplos de fatores ambientais o excesso de exposição solar, a hiperpigmentação pós-inflamatória, o excesso de vascularização subcutânea, a hipertransparência da pele, o edema periorbital e a herniação da gordura palpebral. A gravidade clínica da doença pode variar e geralmente a hiperpigmentação está presente bilateralmente e simetricamente ao redor dos olhos. O propósito deste estudo foi realizar uma revisão integrativa com o objetivo de discutir e avaliar as causas e fatores etiológicos e descrever os possíveis tratamentos disponíveis na literatura. Foram utilizados 26 artigos que abordavam os temas: anatomia, etiologia, causas e tratamentos. Tendo em vista a escassez de informações sobre a etiologia, bem como um tratamento consensual, é necessário um exame clínico adequado para direcionar a conduta. Existem várias sugestões para tratamento da HPO descritos, como peeling, preenchimento com gordura autóloga, laser, utilização de cosméticos, injeções de plasma rico em plaquetas e carboxiterapia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Glauber Alcântara Oliveira, Universidade FUMEC

Graduado em Biomedicina (2011) e Pós Graduado em Biomedicina Estética (2015) pela Universidade FUMEC, cursou um semestre na Université de Picardie Jules Verne, França, no curso de Biologie e Tecnologie de la Santé da Faculté de Medicine. Trabalhou como Analista de Qualidade no Laboratório Nacional Agropecuário (LANAGRO/MG) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atuando na Produção de Materiais de Referência para diagnóstico de Mormo, Brucelose, Tuberculose, Raiva e Clostridiose. Participou como Bolsista de Iniciação Cientifica da FAPEMIG na Fundação Ezequiel Dias no Laboratório de Imunologia e Bioprodutos, padronizando método para detecção de IgG's. Realizou estágio supervisionado em análises clínicas no qual trabalhou nas áreas de bioquímica clínica, imunologia clínica, parasitologia, hematologia e coleta de materiais biológicos.

Andres Raimundo Paiva, Universidade FUMEC

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1999) e mestrado em Ciências Biológicas (Fisiologia e Farmacologia) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2002). Atualmente é professor da Universidade FUMEC, atuando principalmente nos seguintes temas: tgf, tnf, epilepsy, audiogeni seizures e electroschock.

Referências

Roberts WE. Periorbital hyperpigmentation: review of etiology, medical evaluation, and aesthetic treatment. J Drugs Dermatol. 2014;13(4):472-82.

Bucay VW, Day D. Adjunctive skin care of the brow and periorbital region. Clin Plast Surg. 2013;40(1):225-36.

Alsaad SM, Mikhail M. Periocular hyperpigmentation: a review of etiology and current treatment options. J Drugs Dermatol. 2013;12(2):154-7.

Verschoore M, Gupta S, Sharma V, Ortonne JP. Determination of melanin and haemoglobin in the skin of idiopathic cutaneous hyperchromia of the orbital region (ICHOR): a study of Indian patients. J Cutan Aesthet Surg. 2012;5(3):176-82.

Freitag FM, Cestari TF. What causes dark circles under the eyes? J Cosmet Dermatol. 2007;6(3):211-5.

Roh MR, Chung KY. Infraorbital dark circles: definition, causes, and treatment options. Dermatol Surg. 2009;35(8):1163-71.

Palermo EC. Anatomia da região periorbital. Surg Cosmet Dermatol. 2013;5(3):245-56.

Friedmann DP, Goldman MP. Dark circles: etiology and management options. Clin Plast Surg. 2015;42(1):33-50.

Souza DCM, Ludtke C, Souza ERM, Rocha NW, Weber MB, Manzoni APD, et al. Comparação entre ácido tioglicólico 2.5%, hidroquinona 2%, haloxyl 2% e peeling de ácido glicólico 10% no tratamento da hiperpigmentação periorbital. Surg Cosmet Dermatol. 2013;5(1):46-51.

Kurban RS, Bhawan J. Histologic changes in skin associated with aging. J Dermatol Surg Oncol. 1990;16(10):908-14.

Kikuchi K, Masuda Y, Hirao T. Imaging of hemoglobin oxygen saturation ratio in the face by spectral camera and its application to evaluate dark circles. Skin Res Technol. 2013;19(4):499-507.

Graziosi AC, Quaresma MR, Michalany NS, Ferreira LM. Cutaneous idiopathic hyperchromia of the orbital region (CIHOR): a histopathological study. Aesthetic Plast Surg. 2013;37(2):434-8.

Watanabe S, Nakai K, Ohnishi T. Condition known as “dark rings under the eyes” in the Japanese population is a kind of dermal melanocytosis which can be successfully treated by Q-switched ruby laser. Dermatol Surg. 2006;32(6):785-9.

Berson DS, Cohen JL, Rendon MI, Roberts WE, Starker I, Wang B. Clinical role and application of superficial chemical peels in today’s practice. J Drugs Dermatol. 2009;8(9):803-11.

Vavouli C, Katsambas A, Gregoriou S, Teodor A, Salavastru C, Alexandru A, et al. Chemical peeling with trichloroacetic acid and lactic acid for infraorbital dark circles. J Cosmet Dermatol. 2013;12(3):204-9.

Kede MPV, Sabatovich O. Dermatologia estética. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 2009. p. 104-4,767-19.

Kadunc BV, Palermo E, Addor FAS, Metsavaht L, Mattos R, Bezerra SMC. Tratado de cirurgia dermatológica, cosmiatria e laser da Sociedade Brasileira de Dermatologia. São Paulo: Elsevier; 2013. p. 224-18, 412-35, 759-71.

Alster T, Bellew SG. Improvement of dermatochalasis and periorbital rhytides with a high-energy pulsed CO2 laser: a retrospective study. Dermatol Surg. 2004;30(4 Pt 1):483-7; discussion 487.

Cymbalista NC, Osorio NEGS, Torezan LAR, Mattos RA. Treatment of hyperpigmentation peripalpebral with Q-switched ruby laser x intense pulsed light. Lasers Surg Med. 2002;30(514):58-87.

Cymbalista NC, Oliveira ZNP. Treatment of idiopathic cutaneous hyperchromia of the orbital region (ICHOR) with intense pulsed light. Dermatol Surg. 2006;32(6):773-83; discussion 783-4.

Teixeira V, Badin AZD, Ottoboni E, Bailak M, Salles Junior GS, Vieira JC, et al. Tratamento da hipercromia cutânea idiopática da região orbital com Erbium Laser: uma avaliação retrospectiva. Arq Catarin Med. 2007;36(Suppl 1):76-9.

Prignano F, Ortonne JP, Buggiani G, Lotti T. Therapeutical approaches in melasma. Dermatol Clin. 2007;25(3):337-42.

Mitsuishi T, Shimoda T, Mitsui Y, Kuriyama Y, Kawana S. The effects of topical application of phytonadione, retinol and vitamins C and E on infraorbital dark circles and wrinkles of the lower eyelids. J Cosmetic Dermatol. 2004;3(2):73-5.

Maio M. Tratado de medicina estética. Rio de Janeiro: Roca; 2011. p. 94.

Paolo F, Nefer F, Paola P, Nicolo S. Periorbital area rejuvenation using carbon dioxide therapy. J Cosmet Dermatol. 2012;11(3):223-8.

Finn JC, Cox S. Fillers in the periorbital complex. Facial Plast Surg Clin North Am. 2007;15(1):123-32.

Roh MR, Kim TK, Chung KY. Treatment of infraorbital dark circles by autologous fat transplantation: a pilot study. Br J Dermatol. 2009;160(5):1022-5.

Wang HL, Avila G. Platelet rich plasma: myth or reality? Eur J Dent. 2007;1(4):192-4.

Marx RE. Platelet-rich plasma: evidence to support its use. J Oral Maxillofac Surg. 2004;62(4):489-96.

Mehryan P, Zartab H, Rajabi A, Pazhoohi N, Firooz A. Assessment of efficacy of platelet-rich plasma (PRP) on infraorbital dark circles and crow’s feet wrinkles. J Cosmet Dermatol. 2014;13(1):72-8.

Downloads

Publicado

2016-11-11

Como Citar

1.
Oliveira GA, Paiva AR. Causas e tratamento da hipercromia periorbital. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 11º de novembro de 2016 [citado 13º de novembro de 2024];18(3):133-9. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/23330

Edição

Seção

Revisão