Fragilidade

Quais critérios do fenótipo mais influenciam na ocorrência dessa síndrome em pessoas idosas?

Autores

  • Adrielle Cavalcanti de Pontes Araújo Universidade Federal de Pernambuco (UPE). Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Departamento de Nutrição, – Recife (PE), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7197-0309
  • Poliana Coelho Cabral Universidade Federal de Pernambuco (UPE). Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Departamento de Nutrição, – Recife (PE), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2709-4823
  • Alessandra Barbosa Silva Universidade Federal de Pernambuco (UPE). Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Departamento de Nutrição, – Recife (PE), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9168-8514
  • Ana Célia Oliveira dos Santos Universidade Federal de Pernambuco (UPE). Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Departamento de Nutrição, – Recife (PE), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9170-5684

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2021v23i3/4a4

Palavras-chave:

envelhecimento, idoso fragilizado, fragilidade, marcha, fenótipo, razão de chances

Resumo

Objetivo: determinar o quanto cada critério do fenótipo de fragilidade (isolado ou agrupado) contribui para o surgimento da síndrome em pessoas idosas. Métodos: estudo observacional e analítico realizado com 219 idosos, de ambos os sexos, em atendimento ambulatorial. A avaliação da síndrome da fragilidade foi baseada no fenótipo proposto por Fried et al., cujos critérios são perda de peso não intencional, fadiga autorreferida, baixa força de preensão palmar, atividade física insuficiente e lentidão de marcha. A análise da regressão logística multinomial foi empregada para avaliar a influência de cada critério do fenótipo isolado ou agrupado. Resultados: um total de 219 indivíduos participaram do estudo. O critério mais comum foi a lentidão de marcha tanto em frágeis quanto em pré-frágeis. Indivíduos pré-frágeis com lentidão de marcha tiveram 9,42 vezes mais chances de se tornarem frágeis (OR = 9,42, IC95%: 7,27-13,40, p = 0,001). O modelo com todos os cinco critérios explicou 99,5% da fragilidade da amostra. Conclusão: a lentidão de marcha foi o critério mais frequente entre os indivíduos frágeis e pré-frágeis. Sendo assim, esse critério parece predizer melhor a fragilidade em pessoas idosas, merecendo uma observação minuciosa por parte dos profissionais da saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Referências

Alves JM, Duarte YADO, Alves LC, Andrade FCD, Souza Junior PR, Lima-Costa MF, et al. Frailty profile in Brazilian older adults. Rev Saúde Pública. 2018;52(Suppl 2):17S. doi: 10.11606/s1518-8787.2018052000616

Lourenço RA, Moreira VG, Mello RGB, Santos IS, Lin SM, Pinto ALF, et al. Consenso Brasileiro de Fragilidade em Idosos: conceitos, epidemiologia e instrumentos de avaliação. Geriatr, Gerontol Aging. 2018;12(2):121–35. doi: 10.5327/Z2447-211520181800023

Dent E, Martin FC, Bergman H, Woo J, Romero-Ortuno R, Walston JD. Management of frailty: opportunities, challenges, and future directions. Lancet. 2019;394(10206):1376–86. doi: 10.1016/S0140-6736(19)31785-4

Mello ADC, Engstrom EM, Alves LC. Health-related and socio-demographic factors associated with frailty in the elderly: a systematic literature review. Cad Saúde Pública 2014;30(6):1143-68. doi: 10.1590/0102-311x00148213

Li X, Ploner A, Karlsson IK, Liu X, Magnusson PKE, Pedersen NL, et al. The frailty index is a predictor of cause-specific mortality independent of familial effects from midlife onwards: a large cohort study. BMC Med 2019;17(1):94. doi: 10.1186/s12916-019-1331-8

Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J, et al. Cardiovascular Health Study Collaborative Research Group. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001 Mar;56(3):M146-56. doi: 10.1093/gerona/56.3.m146

Freiheit EA, Hogan DB, Strain LA, Schmaltz HN, Patten SB, Eliasziw M, et al. Operationalizing frailty among older residents of assisted living facilities. BMC Geriatr. 2011;11:23. doi: 10.1186/1471-2318-11-23

Liao CD, Lee PH, Hsiao DJ, Huang SW, Tsauo JY, Chen HC, et al. Effects of protein supplementation combined with exercise intervention on frailty indices, body composition, and physical function in frail older adults. Nutrients. 2018;10(12):1916. doi: 10.3390/nu10121916

Wu SY, Hsu LL, Hsu CC, Hsieh TJ, Su SC, Peng YW, et al. Dietary education with customised dishware and food supplements can reduce frailty and improve mental well-being in elderly people: A single-blind randomized controlled study. Asia Pac J Clin Nutr. 2018;27(5):1018-30. doi: 10.6133/apjcn.032018.02

Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. "Mini-mental state". A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psychiatr Res. 1975 Nov;12(3):189-98. doi: 10.1016/0022-3956(75)90026-6

Batistone SST, Neri AL, Cupertino APFB. Validade da escala de depressão do Center for Epidemiological Studies entre idosos brasileiros. Rev Saúde Pública 2007;41:598-605. doi: 10.1590/S0034-89102007000400014

Rauchbach R, Wendling NM. Evolução da construção de um instrumento de avaliação do nível de atividade física para idosos CuritibAtiva. FIEP Bull. 2009;79:543-7. doi: 10.16887/fiep%20bulletin.v79i2.3405

Silva SLA, Silva VG, Máximo LS, Dias JMD, Dias RC. Comparison between different cut-off points in the classification of frailty profile in community-living elderly. Geriatr Gerontol Aging. 2011;5:130-5.

Lin CC, Li CI, Chang CK, Liu CS, Lin CH, Meng NH, Lee YD, Chen FN, Li TC. Reduced health-related quality of life in elders with frailty: a cross-sectional study of community-dwelling elders in Taiwan. PLoS One. 2011;6(7):e21841. doi: 10.1371/journal.pone.0021841

Silva SLA, Neri AL, Ferrioli E, Lourenço RA, Dias RC. Fenótipo de fragilidade: influência de cada item na determinação da fragilidade em idosos comunitários – Rede Fibra. Ciênc Saúde Coletiva. 2016;21(11):3483–92. doi: 10.1590/1413-812320152111.23292015

Zhang X, Van Der Schans CP, Liu Y, Krijnen W, Hobbelen JSM. Items analysis of the Frailty Index (FI-35): Insight in the contribution of each item to the level of frailty. PLoS One. 2021;16(11):e0258588. doi: 10.1371/journal.pone.0258588

Abellan van Kan G, Rolland Y, Andrieu S, Bauer J, Beauchet O, Bonnefoy M, et al. Gait speed at usual pace as a predictor of adverse outcomes in community-dwelling older people an International Academy on Nutrition and Aging (IANA) Task Force. J Nutr Health Aging. 2009;13(10):881-9. doi: 10.1007/s12603-009-0246-z

Woods NF, LaCroix AZ, Gray SL, Aragaki A, Cochrane BB, Brunner RL, et al; Women's Health Initiative. Frailty: emergence and consequences in women aged 65 and older in the Women's Health Initiative Observational Study. J Am Geriatr Soc. 2005;53(8):1321-30. doi: 10.1111/j.1532-5415.2005.53405.x. Erratum in: J Am Geriatr Soc. 2017;65(7):1631-2.

Abellan van Kan G, Rolland Y, Houles M, Gillette-Guyonnet S, Soto M, Vellas B. The assessment of frailty in older adults. Clin Geriatr Med. 2010;26(2):275-86. doi: 10.1016/j.cger.2010.02.002. PMID: 20497846

Jardim CSF, Tomaz SAG, Silva VG, Silva SLA, Dias RC. Phenotype of frailty: which items are more frequent in a group of community-dwelling elderly of Belo Horizonte? Geriatr Gerontol Aging. 2012;6:237-45.

Yoo SZ, No MH, Heo JW, Park DH, Kang JH, Kim SH, et al. Role of exercise in age-related sarcopenia. J Exerc Rehabil. 2018;14(4):551-8. doi: 10.12965/jer.1836268.134

Feng Z, Lugtenberg M, Franse C, Fang X, Hu S, Jin C, et al. Risk factors and protective factors associated with incident or increase of frailty among community-dwelling older adults: A systematic review of longitudinal studies. PLoS One. 2017;12(6):e0178383. doi: 10.1371/journal.pone.0178383

Drey M, Pfeifer K, Sieber CC, Bauer JM. The Fried frailty criteria as inclusion criteria for a randomized controlled trial: personal experience and literature review. Gerontology. 2011;57(1):11-8. doi: 10.1159/000313433. Epub 2010 Apr 21.

Gilmore SA, Robinson G, Posthauer ME, Raymond J. Clinical indicators associated with unintentional weight loss and pressure ulcers in elderly residents of nursing facilities. J Am Diet Assoc. 1995;95(9):984-92. doi: 10.1016/S0002-8223(95)00271-5

Moriguti JC, Moriguti EK, Ferriolli E, de Castilho Cação J, Iucif N Jr, Marchini JS. Involuntary weight loss in elderly individuals: assessment and treatment. Sao Paulo Med J. 2001;119(2):72-7. doi: 10.1590/s1516-31802001000200007

Cruz-Jentoft AJ, Kiesswetter E, Drey M, Sieber CC. Nutrition, frailty, and sarcopenia. Aging Clin Exp Res. 2017;29(1):43-8. doi: 10.1007/s40520-016-0709-0

Kulminski AM, Ukraintseva SV, Kulminskaya IV, Arbeev KG, Land K, Yashin AI. Cumulative deficits better characterize susceptibility to death in elderly people than phenotypic frailty: lessons from the Cardiovascular Health Study. J Am Geriatr Soc. 2008;56(5):898-903. doi: 10.1111/j.1532-5415.2008.01656.x

Gobbens RJ, Luijkx KG, Wijnen-Sponselee MT, Schols JM. Towards an integral conceptual model of frailty. J Nutr Health Aging. 2010;14(3):175-81. doi: 10.1007/s12603-010-0045-6

Fairhall N, Langron C, Sherrington C, Lord SR, Kurrle SE, Lockwood K, et al. Treating frailty--a practical guide. BMC Med. 2011;9:83. doi: 10.1186/1741-7015-9-83

Downloads

Publicado

2023-08-17

Como Citar

1.
Araújo AC de P, Cabral PC, Silva AB, Santos ACO dos. Fragilidade: Quais critérios do fenótipo mais influenciam na ocorrência dessa síndrome em pessoas idosas?. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 17º de agosto de 2023 [citado 22º de dezembro de 2024];23(3/4):83-9. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/61962

Edição

Seção

Artigo Original