Prevalência e fatores associados à dislipidemia em um município do Espírito Santo, Brasil

Autores

  • Patricia Silva Cunha Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
  • Ronaldo José Faria Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
  • Patrícia Silva Bazoni Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
  • Josiane Pezzin Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
  • Nicole Milato da Silva Gonçalves Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
  • Jéssica Barreto Ribeiro dos Santos Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
  • Michael Ruberson Ribeiro da Silva Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2025v27a3

Palavras-chave:

Hiperlipidemias, Prevalência, Fatores de Risco, Estudos Transversais

Resumo

Objetivo: identificar a prevalência e fatores associados à dislipidemia em adultos residentes no município de Alegre, Espírito Santo. Método: foi realizado um estudo transversal com a utilização de inquérito domiciliar. As análises descritivas foram realizadas por meio de distribuições de frequência e medidas de tendência central e dispersão, aplicadas às características sociodemográficas, perfil de saúde, doenças preexistentes, uso de medicamentos e qualidade de vida. Os fatores associados à dislipidemia foram analisados por meio de regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: foram entrevistados 694 indivíduos, dos quais 174 (25,1%) declararam ter diagnóstico de dislipidemia. A maioria dos respondentes era composta por mulheres (72,9%), autodeclaradas brancas (47,5%), residentes na sede do município (69,6%) e casadas (43,3%). Os fatores associados à dislipidemia foram maior idade, prática de atividade física, ocorrência de polifarmácia, definida como o uso de cinco ou mais medicamentos, e a presença de mais de duas comorbidades. Conclusão: as orientações dos profissionais de saúde quanto à prática de atividades físicas, alimentação saudável e acompanhamento médico são essenciais, visto que altos níveis de colesterol total, triglicerídeos e LDL são evidenciados como fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

No metrics found.

Referências

Araújo LPG, Glauce SS, Dias PLR, Nepomuceno RM, Cola CSD. Principais fatores de risco para o acidente vascular encefálico e suas consequências: uma revisão de literatura. REINPEC. 2017;3(1):283-96. doi: 10.20951/2446-6778/v3n1a20.

Faludi AA, Izar MCO, Saraiva JFK, Chacra APM, Bianco HT, Afiune A, et al. Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017. Arq Bras Cardiol. 2017;109(2):1–76. doi: 10.5935/abc.20170121.

Nogueira de Sá ACMG, Gomes CS, Moreira AD, Velasquez-Melendez G, Malta DC. Prevalência e fatores associados ao diagnóstico autorreferido de colesterol alto na população adulta brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Epidemiol Serv Saúde. 2022;31(spe1):e2021380. doi: 10.1590/SS2237-9622202200002.especial.

Calmarza CP, Civeira Murillo F. Protocolo diagnóstico de las dislipidemias. Medicine Progr Form Méd Contin Acred. 2013;11(40): 2424–8. doi: 10.1016/S0304-5412(13)70640-1.

Oliveira LB, Carvalho IB, Dourado CSME, Dourado JCL, Nascimento MO. Prevalência de dislipidemias e fatores de risco associados. J Health Biol Sci. 2017; 5(4):320-5. doi: 10.12662/2317-3076jhbs.v5i4.1306.p320-325.2017.

Silva EA, Fernandes DR, Sandoval AC, Terra Júnior AT. O uso das estatinas no tratamento da dislipidemia e o mecanismo da biossíntese do colesterol. Rev Cient FAEMA. 2018;9:597-602. doi: 10.31072/rcf.v9iedesp.606.

World Medical Association. World Medical Association Declaration of Helsinki: ethical principles for medical research involving human subjects. JAMA. 2013;310(20):2191-4. doi: 10.1001/jama.2013.281053.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010 [Internet]. 2010 [acesso em 24 jan. 2024]. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?- dados=29&uf=32.

Silva PLN, Bianchini ZM, Dias AJR. Amostragem: teoria e prática usando R [Internet]. Rio de Janeiro: [editora desconhecida]; 2021 [acesso em 5 set. 2023]. Disponível em: https://amostragemcomr.github.io/livro/index.html.

Noubiap JJ, Bigna JJ, Nansseu JR, Nyaga UF, Balti EV, Echouffo-Tcheugui JB, et al. Prevalence of dyslipidaemia among adults in Africa: a systematic review and meta-analysis. Lancet Global Health. 2018;6(9):e998–e1007. doi: 10.1016/S2214-109X(18)30275-4.

Mateo-Gallego R, Gracia-Rubio I, Garza MC, Cebollada A, Pérez-Calahorra S, Bayona-Sánchez A, et al. The impact of the COVID-19 pandemic in diabetes and dyslipidemia management in a Spanish region: a retrospective study of the Aragon population. Front Med (Lausanne). 2023;10:1191026. doi: 10.3389/fmed.2023.1191026.

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dislipidemia: prevenção de eventos cardiovasculares e pancreatite. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2020 [acesso em 10 set. 2023]. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/ptbr/midias/protocolos/publicacoes_ms/pcdt_dislipidemia_prevencaoeventoscardiovascularesepancreatite_isbn_18-08-2020.pdf.

Rhee EJ, Kim HC, Kim JH, Lee EY, Kim BJ, Kim EM, et al. 2018 Guidelines for the management of dyslipidemia. Korean J Intern Med. 2019;34(4):723-71. doi: 10.3904/kjim.2019.188.

Pirillo A, Casula M, Olmastroni E, Norata GD, Catapano AL. Global epidemiology of dyslipidaemias. Nat Rev Cardiol. 2021;18(10):689-700. doi: 10.1038/s41569-021-00541-4.

Moraes SA, Checchio MV, Freitas ICM. Dislipidemia e fatores associados em adultos residentes em Ribeirão Preto, SP: resultados do Projeto EPIDCV. Arq Bras Endocrinol Metab. 2013;57:691–701. doi: 10.1590/S0004-27302013000900004.

Atella V, Piano Mortari A, Kopinska J, Belotti F, Lapi F, Cricelli C, et al. Trends in age-related disease burden and healthcare utilization. Aging Cell. 2018;18(1):e12861. doi: 10.1111/acel.12861.

Wengrofsky P, Lee J, Makaryus AN. Dyslipidemia and its role in the pathogenesis of atherosclerotic cardiovascular disease: implications for evaluation and targets for treatment of dyslipidemia based on recent guidelines. In: McFarlane SI, editor. Dyslipidemia. London: IntechOpen; 2019. doi: 10.5772/intechopen.85772.

Ali N, Samadder M, Kathak RR, Islam F. Prevalence and factors associated with dyslipidemia in Bangladeshi adults. PLOS ONE. 2023;18(1):e0280672. doi: 10.1371/journal.pone.0280672.

Nie F, Wang Z, Zeng Q, Guan H, Yang J, Luo P, et al. Health behaviors and metabolic risk factors are associated with dyslipidemia in ethnic Miao Chinese adults: the China multi-ethnic cohort study. BMC Public Health. 2021;21(1):851. doi: 10.1186/s12889-021-10871-0.

Pereira LP, Sichieri R, Segri NJ, Silva RMVG, Ferreira MG. Dislipdemia autorreferida na região Centro-Oeste do Brasil: prevalência e fatores associados. Ciênc Saúde Coletiva. 2015;20(6):1815–24. doi: 10.1590/1413-81232015206.16312014.

Crochemore-Silva I, Knuth AG, Wendt A, Nunes BP, Hallal PC, Santos LP, et al. Physical activity during the COVID-19 pandemic: a population-based cross-sectional study in a city of South Brazil. Ciênc Saúde Coletiva. 2020;25(11):4249-58. doi: 10.1590/1413-812320202511.29072020.

Pitanga FJG, Beck CC, Pitanga CPS. Atividade física e redução do comportamento sedentário durante a pandemia do coronavírus. Arq Bras Cardiol. 2020;114(6):1058-60. doi: 10.1590/1413-812320202511.29072020.

Martínez-Montesinos L, Rivera-Caravaca JM, Agewall S, Soler E, Lip GYH, Marín F, et al. Polypharmacy and adverse events in atrial fibrillation: Main cause orreflection of multimorbidity? Biomed Pharmacother. 2023;158:114064. doi: 10.1016/j.biopha.2022.114064.

Bazoni PS, Faria RJ, Cordeiro FJR, Timóteo ÉDS, Silva AM, Horsth AL, et al. Self-medication during the COVID-19 pandemic in Brazil: findings and implications to promote the rational use of medicines. Int J Environ Res Public Health. 2023;20(12):6143. doi: 10.3390/ijerph20126143.

Silva AM, Horsth AL, Timóteo ÉDS, Faria RJ, Bazoni PS, Meira EF, et al. Use of medicinal plants during COVID-19 pandemic in Brazil. Sci Rep. 2023;13:16558. doi: 10.1038/s41598-023-43673-y.

Santos RM, Silva EBS, Rodiguero G, Acrani GO, Kasperavicius JP, Fernandes JGP, et al. Prevalência de dislipidemia e sua relação com condições sociodemográficas, de saúde e de comportamento entre usuários da atenção primária à saúde. Braz J Health Rev. 2022;5(2):7353–70. doi: 10.34119/bjhrv5n2-295.

Kang P, Shin HY, Kim KY. Association between dyslipidemia and mercury exposure in adults. Int J Environ Res Public Health. 2021;18(2):775. doi: 10.3390/ijerph18020775.

Downloads

Publicado

2025-04-02

Como Citar

1.
Cunha PS, Faria RJ, Bazoni PS, Pezzin J, Gonçalves NM da S, Santos JBR dos, Silva MRR da. Prevalência e fatores associados à dislipidemia em um município do Espírito Santo, Brasil. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 2º de abril de 2025 [citado 13º de abril de 2025];27(Fluxo contínuo):e66366. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/66366

Edição

Seção

Artigo Original