A campanha negativa no Facebook dos presidenciáveis nas eleições de 2018
DOI:
https://doi.org/10.23925/1982-6672.2022v15i44p100-124Palavras-chave:
política brasileira, eleições, redes sociais, comunicação políticaResumo
Este artigo analisa o uso de campanha negativa na rede social Facebook pelos cinco principais candidatos à Presidência do Brasil durante o pleito de 2018, comparando o uso, a relevância e as estratégias predominantes no uso da rede social. A pesquisa foi realizada por meio da coleta de postagens pelo aplicativo Netvizz, sendo 1.678 durante o primeiro turno e 162 postagens no segundo turno, totalizando 1.840. Em primeiro lugar, por meio da grade de Aggio (2011), essas postagens foram classificadas em 11 categorias, uma das quais é a campanha negativa. Em seguida, foram analisados a partir da tipologia proposta por Steibel (2005), somente as postagens negativas, a fim de entender quem foram os alvos, que tipos de campanha negativa (ataque, crítica e comparação) realizaram-se e qual foi o espaço estratégico da campanha negativa dentro da campanha de cada candidato. Os resultados indicam que a campanha negativa foi pouco empregada no primeiro turno em virtude do grande número de candidatos e para evitar “efeito bumerangue”, no segundo turno o uso foi maior e que focou majoritariamente em aspectos pessoais em detrimento dos aspectos políticos.
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