Entre adquirir e aprender uma língua: subjetividade e polifonia
Palavras-chave:
Dialogismo, Língua Estrangeira, Língua Materna, Desconstrução, Discurso, SubjetividadeResumo
Pretende-se discutir e desconstruir as dicotomias aprendizagem/aquisição, língua materna/língua estrangeira, a partir de um corpus extraído de relatos de dez falantes de língua(s) estrangeira(s). Em geral, eles apre(e)deram a(s) língua(s) em situações informais ou, como dizem eles, em situações autodidatas. A análise efetuada tomou por base a perspectiva discursivo-desconstrutivista, que inclui pensadores como Bakhtin, Foucault, Derrida e Lacan. Todos eles partilham concepções como língua(gem), sujeito e cultura. A análise empreendida permitiu perceber que, ao falarem de como aprenderam a(s) língua(s) estrangeira(s), a maioria dos participantes da pesquisa só consideram as estratégias, as metodologias (formais e informais), os meios utilizados para terem acesso à língua-cultura do outro, esquecendo que adentrar a língua do outro pressupõe o desejo que se manifesta no amor da(s) língua(s) e do outro.