O Uivo de Ginsberg: a linguagem em julgamento

Autores

Palavras-chave:

Uivo, Ginsberg, Benveniste, Linguagem poética, O ético e o político

Resumo

Neste artigo, tomo o julgamento da obra Howl [Uivo], de Allen Ginsberg, ocorrido em 1957, nos EUA, como ponto de partida para discussões sobre linguagem, levantadas durante o processo. No decorrer do julgamento, questões que concernem desde a organização e funcionamento da linguagem poética até ao que pode ser dito ou não de acordo com as imposições de uma sociedade foram colocadas em questão. Busco, neste texto, portanto, discutir algumas dessas questões suscitadas por tal debate à luz de reflexões e apontamentos propostos pelo linguista Émile Benveniste e leitores de sua obra, tais como Gérard Dessons e Henri Meschonnic.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daiane Neumann, Universidade Federal de Pelotas

Professora dos Cursos de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas

Referências

BAUDELAIRE, C. Œuvres complètes. Paris: R. Laffont, 1980.

BENJAMIN, W. Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem. In: BENJAMIN, W. Escritos sobre mito e linguagem. Organização, apresentação e notas Jeanne Marie Gagnebin; tradução Sausana Kampff Lages e Ernani Chaves. São Paulo: Editora 34, 2011.

BENVENISTE, É. Observações sobre a função da linguagem na descoberta freudiana. In: BENVENISTE, É. Problemas de linguística geral I. Tradução Maria da Glória Novak e Maria Luisa Neri: revisão prof. Isaac Nicolau Salum. Campinas: Editora Pontes, 2005a, p.81-94.

BENVENISTE, É. Da subjetividade na linguagem. In: BENVENISTE, É. Problemas de linguística geral I. Tradução Maria da Glória Novak e Maria Luisa Neri, Revisão Isaac Nicola Salum. Campinas: Editora Pontes, 2005b, p.284-293.

BENVENISTE, É. Semiologia da língua. In: BENVENISTE, É. Problemas de linguística geral II. Tradução Eduardo Guimarães et al. Campinas: Editora Pontes, 2006a, p.43-67.

BENVENISTE, É. Estruturalismo e linguística. In: BENVENISTE, É. Problemas de linguística geral II. Tradução Eduardo Guimarães et al. Campinas: Editora Pontes, 2006b, p.11-28.

BENVENISTE, É. Baudelaire. Limoges: Éditions Lambert-Lucas, 2011.

D’ALEMBERT, J. R. Observations sur l’art de traduire [1763]. French Translators, 1600-1800: An Online Anthology of Prefaces and Criticism. 1. Disponível em: https://scholarworks.umass.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1000&context=french_translators. Acesso em 10 fev. 2021.

DESSONS, G. Pour une sémantique de l’art. NORMAND, C.; ARRIVÉ, M. Émile Benveniste vingt ans après. Numéro Spécial de LINX. Nanterre, 1997,p. 327-333. Disponível em: https://journals.openedition.org/linx/1077?lang=fr. Acesso em 16 out. 2021.

DESSONS, G. Le poème. Paris: Armand Colin, 2011.

MESCHONNIC, H. Modernité, modernité. France: Gallimard, 1988.

MESCHONNIC, H. La rime et la vie. France: Éditions Verdier, 1989/ Gallimard, 2006.

MESCHONNIC, H. Seul comme Benveniste. In: MESCHONNIC, H. Dans le bois de la langue. Éditions Laurence Teper: Paris, 2008, p. 359-389.

MORGAN, B.; PETERS, N. J. Howl on Trial: the battle for free expression. San Francisco: City Lights Books San Francisco, 2006.

WITHMAN, W. Leaves of Grass: 1855 edition. Omaha: Willian Ralph Press, 2015.

Publicado

2021-12-01

Como Citar

Neumann, D. (2021). O Uivo de Ginsberg: a linguagem em julgamento . Bakhtiniana. Revista De Estudos Do Discurso, 17(1), Port. 58–73 / Eng. 59. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/52802

Edição

Seção

Artigos