Posturas enunciativas em Deus caritas est (2005): uma análise da primeira encíclica de Bento XVI segundo formulações teóricas de Alain Rabatel
Palabras clave:
Encíclica, Discurso religioso, Posturas enunciativas, Responsabilidade enunciativaResumen
Recorrendo a reflexões de Alain Rabatel sobre pontos de vista e responsabilidade enunciativa, principalmente aquelas contidas em Homo narrans (2016; 2021), buscamos descrever e interpretar a gestão dos dialogismos interno e interdiscursivo na introdução da encíclica Deus caritas est (2005), assinada pelo então papa Bento XVI, por meio da análise de posturas enunciativas. Nossa principal conclusão é a de que o locutor primário (L1) gere o dialogismo do texto, primeiramente, a partir da subenunciação e, posteriormente, por meio da coenunciação e mesmo da sobre-enunciação. L1 convoca parte da responsabilidade enunciativa e se associa ao ponto de vista do Novo Testamento enquanto sugere uma atualização do Velho Testamento. Nos nossos termos, o Velho que manda é destituído a favor do Novo que ama – isto é, o amor cristão-católico. Esta investigação se afilia a uma agenda de pesquisa ampla, e em curso, de análise do discurso pontifício moderno.
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