Carnavalização no teatro ibérico barroco

Autores/as

Palabras clave:

Carnavalização, Personagem, Teatro, Tragicomédia, Literatura Dramática

Resumen

Este artigo é oriundo da pesquisa resultante na tese de doutorado Antônio José da Silva: uma dramaturgia de convenções. No presente texto, discute-se o princípio de carnavalização no teatro ibérico a partir de diferentes perspectivas teóricas, dentre as quais a de Mikhail Bakhtin. Nesse sentido, a partir da descrição da personagem-tipo do gracioso, o criado carnavalizado originalmente inserido no teatro pelos autores do Século de Ouro espanhol, pretende-se problematizar embates de classe e artifícios discursivos da narrativa tragicômica. Tal análise é embasada pela teoria de análise de textos barrocos ibéricos desenvolvidas em Espanha, nos estertores do século XX e no início do XXI, especialmente em Hermenegildo (1995). Desse modo, analisa-se como a personagem-tipo, seja em sua formulação tradicional masculina ou na feminina, como criada, participa das intrigas, de modo a tornar mais contundentes as questões centrais do enredo disparador. Como exemplificação da teoria trabalhada, trazemos a obra do autor português setecentista Antônio José da Silva, Precipício de Faetonte. Nela, é possível perceber a participação dessas personagens baixas entremeando a intriga principal: o que pode ser lido, em nossa perspectiva, como uma forma de carnavalização do teatro ibérico de tal período, dentro da perspectiva bakhtiniana.

 

Biografía del autor/a

Carlos Gontijo Rosa, Universidade de São Paulo

Formado em Artes Cênicas (2008) e Mestre em Teoria e História Literária (2011) pela UNICAMP e Doutor em Literatura Portuguesa pela USP (2017).

Publicado

2019-08-06

Cómo citar

Gontijo Rosa, C. (2019). Carnavalização no teatro ibérico barroco. Bakhtiniana. Revista De Estudos Do Discurso, 14(3), Port. 101–135 / Eng. 101. Recuperado a partir de https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/38281

Número

Sección

Artigos