Spiral Genealogies in Aline Motta

Authors

Keywords:

Aline Motta, Ancestry, Memory, Dead, Black Atlantic

Abstract

This article analyzes processes of activation, performative enactment, and invention of an Afro-diasporic ancestral memory in the book A água é uma máquina do tempo [The Water is a Time Machine] (2022) and in the video Filha Natural [Natural Daughter] (2019), by Aline Motta, a contemporary Brazilian multi-artist. In these pieces of work, the poetic exhumation of victims of the Black Atlantic precedes the ancestralization of the dead relegated to oblivion by the colonial power and its founding racial apparatus that tensions the present. Investigating the traumatic crossings of slavery in its genealogy, Motta revisits photographs, diaries, certificates, newspapers, and spoils of slaveholders, allocating her ancestors as protagonists of these materialities. The colonial archive is stirred in the aesthetic transcreation of its textualities and through a body that performs and updates ancestral knowledge. Thus, the insubordinate handling of the formal hybridism of the archive inscribes, in the meshes of History and the spirals of ancestral time, black women who share an important cultural, affective, and political legacy.

References

AGUILAR, Gonzalo; CÁMARA, Mario. A máquina performática: a literatura no campo experimental. Trad. Gênese Andrade. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

BERND, Zilá. Por uma estética dos vestígios memoriais: releitura da literatura contemporânea das Américas a partir dos rastros. Prefácio: Jaime Ginzburg. Belo Horizonte: Fino Traço, 2013.

BUTLER, Judith. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Trad. Andreas Lieber. Revisão técnica: Carla Rodrigues. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

COUTO, Mia. A varanda do frangipani. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

DANZIGER, Leila. A filha, ancestral da mãe: Resenha de A água é uma máquina do tempo, de Aline Motta. Revista Rosa, São Paulo, v. 6, n. 1, set. 2022. Disponível em: https://revistarosa.com/6/filha-ancestral-da-mae. Acesso em: 01 abr. 2025.

FILHA NATURAL. Direção, Fotografia, Roteiro e Trilha Sonora: Aline Motta. Intérprete: Claudia Mamede. 2019. (16 min).

FRANCO, Fábio Luís. Governar os mortos: necropolíticas, desaparecimento e subjetividade. Prefácio: Silvio Almeida. Posfácio: Vladimir Safatle. São Paulo: Ubu Editora, 2021.

GARRAMUÑO, Florencia. Frutos estranhos: sobre a inespecificidade na estética contemporânea. Tradução: Carlos Nougué. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.

GILROY, Paul. O atlântico negro: modernidade e dupla consciência. 2. ed. Trad. Cid Knipel Moreira. São Paulo: Editora 34; Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes; Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2012.

GONZALEZ, Lélia. A mulher negra na sociedade brasileira: Uma abordagem político-econômica. In: GONZALES, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização: Flavia Rios; Márcia Lima. Rio de Janeiro: Zahar, 2020. pp. 49-64.

HARTMAN, Saidiya. Vênus em dois atos. Revista Eco-Pós, v. 23, n. 3, pp. 12-33, 2020. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27640. Acesso em: 01 abr. 2025.

HARTMAN, Saidiya. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão. Trad. José Luiz Pereira da Costa. Posfácio: Fernanda Silva e Sousa; José Luiz Pereira da Costa. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

HARTMAN, Saidiya. Vidas rebeldes, belos experimentos: histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais. Tradução: Floresta. São Paulo: Fósforo, 2022.

LAFONT, Anne. Uma africana no Louvre. Tradução: Ligia Fonseca Ferreira. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2022.

MARTINS, Leda Maria. Afrografias da memória: o Reinado do Rosário no Jatobá. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Perspectiva; Belo Horizonte: Mazza Edições, 2021a.

MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar, poéticas do corpo-tela. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021b.

MBEMBE, Achille. Políticas da inimizade. Tradução: Marta Lança. Lisboa: Antígona, 2017.

MOTTA, Aline. A água é uma máquina do tempo. ELyra: Revista da Rede Internacional Lyracompoetics, Porto, n. 18, pp. 333-337, dez. 2021. Disponível em: https://elyra.org/index.php/elyra/article/view/422. Acesso em: 01 abr. 2025.

MOTTA, Aline. A água é uma máquina do tempo. São Paulo: Círculo de Poemas, 2022.

PEREIRA, Edimilson de Almeida. Poesia + (antologia 1985-2019). Prefácio: Roberto Zular. São Paulo: Editora 34, 2019.

RUFINO, Luiz. Pedagogia das encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019.

SANTOS, Roberto Corrêa dos; REZENDE, Renato. No contemporâneo: arte e escritura expandidas. Rio de Janeiro: Editora Circuito; FAPERJ, 2011.

SELIGMANN-SILVA, Márcio. A virada testemunhal e decolonial do saber histórico. Campinas: Editora da Unicamp, 2022.

TAYLOR, Diana. O arquivo e o repertório: performance e memória cultural nas Américas. Tradução: Eliana Lourenço de Lima Reis. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

Published

2025-08-16

How to Cite

Nildo Oliveira de Lima, F., & Silveira Ribeiro, G. . (2025). Spiral Genealogies in Aline Motta . Bakhtiniana. Revista De Estudos Do Discurso , 20(3). Retrieved from https://revistas.pucsp.br/index.php/bakhtiniana/article/view/66510

Issue

Section

Articles