Um mergulho discursivo sobre A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa
Mots-clés :
Dialogismo, Signo ideológico, Estilística, Literatura, Guimarães RosaRésumé
Propõe-se, neste artigo, uma reflexão sobre o conto "A terceira margem do rio", de Guimarães Rosa. Há na obra uma riqueza de vozes, marcada pela imagem do próprio rio que ela descreve. O leitor é sequestrado para a terceira margem, já que sua memória discursiva o remete apenas a duas. Em qual tempo e espaço estaria a chamada terceira margem? Na busca de tal resposta, ele permanece prisioneiro de suas próprias indagações, transportando-se para a terceira margem, incapaz de reconhecê-la. Pretende-se com este trabalho demostrar como a língua pode chamar a atenção do leitor para seus diversos cenários, promovendo estudos indissociáveis na articulação língua-literatura, e apresentar alguns caminhos para desvendar a terceira margem apontada por Rosa, observando a riqueza dialógica do texto. Para fundamentar a análise realizada, recorreu-se aos estudos de Bakhtin e seu Círculo, à Estilística e a um viés filosófico.
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