Agrotóxico versus pesticida: notas de leitura sobre polêmica e amemória discursiva
Mots-clés :
Discurso, Política, Polêmica, MídiaRésumé
Neste artigo, tomamos como objeto de estudo, por um lado, excertos do texto do Projeto de Lei 6299 de 2002 – PL6299-2002, designado como Lei dos Agrotóxicos, de autoria do Ministro da Agricultura do governo Michel Temer, Blairo Maggi, cujo objetivo é flexibilizar os critérios de aprovação e análise de riscos, e propor mudanças nos nomes que são dados atualmente aos agrotóxicos e, por outro, a polêmica gerada em torno da recente aprovação desse projeto na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Para discutir esse último objetivo, tomamos alguns fragmentos de textos que circularam em diversos mídiuns[1] brasileiros questionando a aprovação do supracitado projeto, designando-o como Pacote do Veneno ou PL do Veneno. Ancoramos teoricamente nosso trabalho nas recentes contribuições de Ruth Amossy (2017) acerca do caráter argumentativo da polêmica e também nas proposições de Marie-Anne Paveau (2015) sobre as relações entre linguagem e moral, especialmente no tocante ao conceito de amemória discursiva.
[1] Na esteira de Maingueneau (2011), consideramos neste artigo os jornais virtuais e o Twitter analisados enquanto um mídium, isto é, uma mediação que pode possibilitar os mais variados tipos de interação que caminham de uma simples leitura até a postagem de comentários, sugestões. Ao trabalhar com a noção de mídium, Maingueneau está preocupado com as implicações dos dispositivos (virtuais ou impressos...) sobre o discurso. Com efeito, para o pesquisador francês é preciso considerar que o mídium imprime um certo conjunto de marcas (de diversas ordens - linguísticas, institucionais...) aos conteúdos dos enunciados e determina em parte as filiações a que eles podem aderir, se eles podem dialogar com outros enunciados ou não, bem como condiciona o próprio texto e modela as cenas genéricas.
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