Tempo e ancestralidade em Edimilson de Almeida Pereira
Palabras clave:
Edimilson Pereira, Tempo, Ancestralidade, Encruzilhada, O AusenteResumen
Pretendemos aqui discutir as noções de tempo e ancestralidade na escrita do poeta e crítico Edimilson de Almeida Pereira. Um ensaísta e pensador negro que tem nos permitido, a partir de sua literatura-encruzilhada, tensionar e rasurar não somente a crítica hegemônica, bem como o discurso autorizado da supremacia branca, canônica. Sua crítica-poética tem nos possibilitado, a partir de um olhar diaspórico, repensar novos rumos para a crítica e ampliar as lentes acerca da ancestralidade. Para esse movimento, focaremos em suas obras O ausente (2020) e Orfe(x)u e Exunouveau: análise de uma estética de base afrodiaspórica na literatura brasileira (2022); como corpus teórico-epistemológico daremos enfoque à concepção de tempo e ancestralidade, tal como foi problematizada pela nossa ancestral Leda Martins (2021), a partir do ponto de vista espiralar, Eduardo Oliveira (2023) em seu regime estético-ancestral, bem como a “literatura- terreiro” forjada por Henrique Freitas (2016) e desdobrada nas encruzilhadas teóricas e epistemológicas de pensadores como Muniz Sodré (2017) e Luiz Rufino (2019) que nos tem feito problematizar e expandir a crítica a partir da diáspora afro-brasileira oriunda dos terreiros.
Citas
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