Infraestrutura escolar e desigualdade socioeconômica
O retrato das escolas paulistas
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-4174.v3.2024e68812Palavras-chave:
Desigualdades socioeconômicas, Vulnerabilidades, Infraestrutura, Escolas públicasResumo
O artigo aborda as profundas desigualdades socioeconômicas que afetam as escolas paulistas, enfatizando como essas disparidades impactam diretamente a infraestrutura, o acesso a recursos educacionais e o desempenho acadêmico dos alunos. A pesquisa revela que as escolas localizadas em regiões periféricas enfrentam desafios significativos, como instalações precárias, escassez de materiais didáticos, e dificuldades em atrair e manter professores qualificados. Tais condições contribuem para a perpetuação da desigualdade educacional e social. O impacto da pandemia de COVID-19 é enfatizado, mostrando como a transição para o ensino remoto ampliou as desigualdades, já que muitos alunos de famílias pobres não tinham acesso à tecnologia necessária. Para a produção dos dados, foram realizados grupos de discussão com profissionais da educação da Rede Estadual de São Paulo, e os dados foram analisados e categorizados com o auxílio do software NVivo, utilizando a Análise de Prosa como metodologia qualitativa para análise, que se foca em aspectos subjetivos e é organizada em tópicos e temas. Os principais resultados indicam que o período pandêmico intensificou as desigualdades já existentes no sistema educacional brasileiro, especialmente nas escolas periféricas. A má distribuição de recursos materiais e tecnológicos, aliada à falta de suporte adequado aos professores, foi identificada como um dos maiores desafios para a qualidade da educação.
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