The myth of romantic love and the perpetiation of domestic violence against women
A critical psychosocial analysis
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-4174.35.2025e72709Keywords:
Romantic love, Domestic violence, Critical Social Psychology, Intersectionality, FeminismAbstract
This theoretical essay is the result of a Psychology course completion paper and has as its central thesis to demonstrate how the myth of romantic love operates as an ideological device that naturalizes abusive behaviors and perpetuates violence against women. Through Critical Social Psychology, this work deepens the understanding of how the romantic ideal functions as a powerful tool of domination, programming women to accept possessiveness and jealousy as proofs of affection. The analysis reveals how this cultural narrative disproportionately affects different groups, highlighting the urgency of an intersectional approach. We conclude that the critical and conscious deconstruction of this myth is a fundamental element for confronting domestic violence and promoting more egalitarian and liberating relationships.
References
BANDEIRA, L. M. Violência de gênero: a rede de enfrentamento e o papel do estado. Brasília: IPEA, 2019.
BEAUVOIR, S. de. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
BENTO, B. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
BLAY, E. A. A violência contra a mulher e o papel do Estado. In: LIMA, A. M. (Org.). Violência doméstica: algumas reflexões. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
BOURDIEU, P. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.
CARNEIRO, S. Mulheres em movimento. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 11, n. 2, p. 488-490, jul./dez. 2003.
CASTAÑEDA, M. O machismo invisível: o homem de sempre, o homem de hoje. São Paulo: Record, 2007.
CERQUEIRA, D. et al. Atlas da Violência 2023. Brasília: IPEA; FBSP, 2023.
CHAUÍ, M. Participando do debate sobre mulher e violência. In: Perspectivas Antropológicas da Mulher, n. 4. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
COLLINS, P. H. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019.
CRENSHAW, K. W. Demarginalizando a interseccionalidade de raça e sexo: uma crítica feminista negra da doutrina antidiscriminação, da teoria feminista e das políticas antirracistas. Cadernos Pagu, Campinas, n. 47, p. 7-83, jul./dez. 2016.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023. São Paulo: FBSP, 2023.
GEBARA, I. Rostos de um feminismo libertário. São Paulo: Loyola, 2000.
GIDDENS, A. A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: Editora UNESP, 1993.
GOMES, N. L. O movimento negro educador: saberes construídos e (re)existências. Petrópolis: Vozes, 2017.
GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, ANPOCS, p. 223-244, 1984.
GREGORI, M. F. Cenas e queixas: um estudo sobre mulheres, relações perigosas e queixas de violência em São Paulo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.
HIRIGOYEN, M.-F. Assédio moral: a violência perversa no cotidiano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
HOOKS, b. Tudo sobre o amor: novas perspectivas. São Paulo: Elsevier, 2004.
ILLOUZ, E. O consumo da utopia romântica: amor e contradições culturais. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
JESUS, J. G. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. Brasília: UnB, 2014.
LANE, S. T. M. Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1984.
LATOUR, B. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
LUGONES, M. Colonialidade e gênero. Cadernos de Campo (São Paulo), v. 26, n. 2, p. 280-293, jul./dez. 2017.
MARTÍN-BARÓ, I. Sistema, grupo y poder: psicología social desde Centroamérica II. San Salvador: UCA Editores, 1989.
MONTERO, M. Introducción a la psicología comunitaria: desarrollo, conceptos y procesos. Buenos Aires: Paidós, 2004.
MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis: Vozes, 2003.
NOGUEIRA, C. Para uma genealogia do feminino: sobre a submissão e a resistência na construção do sujeito. Porto: Edições Afrontamento, 2001.
PASINATO, W. Oito anos da Lei Maria da Penha: avanços e desafios. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 23, n. 115, p. 119-138, jul./ago. 2015.
RICH, A. Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Bagoas-Estudos gays: gêneros e sexualidades, v. 4, n. 05, 2012.
ROSADO-NUNES, M. J. O lugar da religião na vida das mulheres: o sagrado e o profano, o público e o privado. In: MACHADO, M. D. C.; CAMURÇA, M. A. (Orgs.). Religião e sociedade no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X, 2005.
SAFFIOTI, H. I. B. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004.
SANTOS, C. M. O judiciário e a questão da violência contra a mulher: entre o público e o privado. Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 25, n. 3, p. 579-598, set./dez. 2010.
SEGATO, R. L. As estruturas elementares da violência: ensaios sobre gênero entre a antropologia, a ética e o psicanálise. São Paulo: Elefante, 2022.
SOUZA, S. D. Mulheres em situação de violência conjugal em contextos evangélicos. 2014. Tese (Doutorado em Ciências da Religião) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2014.
SPINK, M. J. P. Linguagem e produção de sentidos no cotidiano. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010.
WAISELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2015: homicídio de mulheres no Brasil. Brasília: FLACSO, 2015.
WALKER, L. E. A. The Battered Woman. New York: Harper & Row, 1979.
WERNECK, J. Racismo institucional e a saúde da população negra. In: LOPES, F. (Org.). Saúde da população negra. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. p. 33-40.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Geziely dos Santos Brasileiro, George Moraes de Luiz

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

