PERNAMBUCANIDADE, NORDESTINIDADE, BRASILIDADE: POLÍTICAS CULTURAIS E CANONIZAÇÕES ACADÊMICAS DA CULTURA BRASILEIRA
Resumo
Tomando como ponto de partida as tentativas de canonização acadêmica da cultura brasileira, ocorridas principalmente entre os anos 1960 e 1970, o artigo aborda os modos com os quais determinados personagens e instituições do contexto culturale político do período utilizaram-se de seus lugares de saber e poder como forma de estabelecer suas visões de cultura como vitoriosas. Trata, portanto, de modelos culturais propostos no período, tais como a luso-tropicologia de Gilberto Freyre, a sociologia marxista de Caio Prado Júnior e do movimento armorial de Ariano Suassuna, em torno dos quais circundam outros personagens que aproximam-se de suas leituras de Brasil. Cabe, no texto, analisar as maneiras com os quais essas perspectivas de Brasil e de cultura brasileira aproximaram-se ou distanciaram-se da ditadura civil-militar vigente no país.