O jogo africano mancala no desenvolvimento de habilidades matemáticas de estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental

Paulo Vinícius Pereira de  Lima; Luciane Alves Rodrigues de Sousa; Hélio Rodrigues dos  Santos; Geraldo Eustáquio  Moreira

doi:10.23925/2358-4122.2023v10i360174

Autores

Paulo Vinícius Pereira de Lima Secretaria Estadual de Educação do Goiás
Luciane Alves Rodrigues de Sousa Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal https://orcid.org/0000-0002-7581-5461
Hélio Rodrigues dos Santos Secretaria Estadual de Educação do Goiás https://orcid.org/0000-0003-3958-5256
Geraldo Eustáquio Moreira Universidade de Brasília https://orcid.org/0000-0002-1455-6646

DOI:

https://doi.org/10.23925/2358-4122.2023v10i360174

Palavras-chave:

Ensino de Matemática, Jogos, Mancala, Lei 10.639/03, Cultura Africana

Resumo

Este artigo tem como objetivo geral investigar as concepções dos estudantes a respeito dos possíveis impactos do jogo Mancala no processo de ensino e aprendizagem nos anos finais do Ensino Fundamental. Como objetivos secundários, nos propomos a identificar as concepções dos estudantes frente à utilização do jogo Mancala, refletir sobre os possíveis benefícios para a aprendizagem em Matemática e por fim analisar se as práticas com o jogo Mancala favoreceram um melhor desempenho no campo de conhecimento da Matemática. O referido artigo buscou responder à seguinte inquietação: A utilização do jogo Mancala em sala de aula contribui para uma ruptura do ensino tradicionalista no processo de ensino e aprendizagem em Matemática dos estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental? A pesquisa feita foi de abordagem qualitativa do tipo exploratória; como método foi utilizada a pesquisa participante e os instrumentos de coleta de dados utilizados foram o questionário e a técnica de análise de dados. Utilizou-se, ainda, a análise de conteúdo. Os resultados oriundos das análises dos questionários revelaram que o jogo Mancala assume fator diferencial, pois, além de trabalhar a Matemática, é possível abordar a cultura e as histórias africanas; contribui para o cumprimento obrigatório da Lei 10.639/03 com importantes mudanças no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes, desmistificando o olhar que eles atribuem à disciplina de Matemática e rompem com preconceitos de que é uma área de conhecimento para poucos. Possibilitou, ainda, uma motivação a mais no que diz respeito às suas aprendizagens atinentes à disciplina de Matemática.

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Biografia do Autor

Paulo Vinícius Pereira de Lima, Secretaria Estadual de Educação do Goiás

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade de Brasília (UnB), na linha de pesquisa Educação Matemática (EDUMAT). Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília (PPGE/2020). Especialista em Metodologias de Ensino em Matemática pela Universidade de Brasília (2018) Graduado em Licenciatura em Matemática pela UniProjeção (2016). Graduando em Pedagogia pelo Centro Universitário Uniprojeção (2020). Tem experiência na área profissional: 1) PIBID Matemática Uniprojeção; 2) Atuou como Educador social voluntário pela SEEDF (2014) em escolas públicas do Distrito Federal; 3) Atuou na Educação Infantil em Matemática pelo projeto ?O círculo da Matemática no Brasil?(2016); 5) Atua como professor regente: Ensino Fundamental e Médio na Secretaria de Educação do Distrito Federal (desde 2017); 6) É membro do grupo Dzeta Investigações em Educação Matemática? (UnB); 7) É membro do grupo ?Formação do Professor de Matemática na Perspectiva da Educação do Campo: formação e prática docente?, didáticas específicas de Matemática e acompanhamento da aprendizagem do aluno (UnB); e 8) É membro do grupo ?Do ensino presencial ao ensino remoto emergencial em função da Covid-19: Apoios educacionais, sociais e tecnológicos para professores da rede pública de ensino do Distrito Federal (UnB).

Luciane Alves Rodrigues de Sousa, Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal

Mestranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Brasília (PPGE/UnB/2020). Especialista em Psicopedagogia - USLJ/SP (2000). Possui graduação em Licenciatura em Pedagogia - UDF Centro Universitário (1997). Atualmente é professora de atividades/sala de recurso - Secretaria de Educação do Distrito Federal atuando com estudantes com deficiência visual. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial. É membra do grupo ?Dzeta Investigações em Educação Matemática? (UnB); é membra do grupo ?Do ensino presencial ao ensino remoto emergencial em função da Covid-19: Apoios educacionais, sociais e tecnológicos para professores da rede pública de ensino do Distrito Federal (UnB).

Hélio Rodrigues dos Santos, Secretaria Estadual de Educação do Goiás

Mestre em Educação pelo Programa de Pós - Graduação em Educação da Universidade de Brasília (PPGE/UnB). Especializado em Metodologia do Ensino da Matemática e da Física pela Universidade São Luís. Possui graduação em Pedagogia pelo Centro Universitário da Grande Dourados (2017). Graduado em Licenciatura em Educação do Campo com Habilitação em Matemática. É graduando em Licenciatura em Matemática pelo Centro Universitário da Grande Dourados (2022). Participante do Dzeta Investigações em Educação Matemática - DIEM. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes, 2021).

Geraldo Eustáquio Moreira , Universidade de Brasília

Realizou Pós-Doutorado em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ProPEd/UERJ, 2020). Possui Doutorado em Educação Matemática pela PUCSP (2012), com Estágio Doutoral na Universidade do Minho (Portugal); Mestrado em Educação pela UCB (2005); Pós-Graduação em de Ensino da Matemática pela UNICLAR (2000); Licenciatura em Ciências pela UEG (1996); Licenciatura em Matemática pela UNOESTE/SP (1999) e Licenciatura em Pedagogia pelo Instituto Superior Fátima/DF (2013). É Professor Adjunto da Universidade de Brasília - UnB, atuando na Faculdade de Educação, no Departamento de Métodos e Técnicas, onde é Chefe de Departamento pelo terceiro mandato; está vinculado aos Cursos de Educação (Licenciaturas) e é Professor/Pesquisador da Pós-Graduação, níveis Mestrado e Doutorado, do Programa de Educação (PPGE), onde desenvolve pesquisas assentadas na Linha Educação em Ciências e Matemática, relacionadas à Educação Matemática; à Matemática e à Educação. Desde 2022, é Tutor do Programa de Educação Tutorial de Educação do MEC junto à FE/UnB - PET-Edu. Tem feito pesquisa, ensino e extensão associados a uma atuação profissional que busca consolidar abordagens construtivistas na formação de professores de Matemática, sobretudo nas subáreas da Matemática, da Educação Matemática Inclusiva, da Etnomatemática e da Cognição Matemática. Associado a estes aspectos, tem atuado pela profissionalidade, trabalho e condições da docência de professores que ensinam Matemática; epistemologias e etnociências. Focaliza, de forma complementar e associada às questões de identidade e saberes, na formação para a docência neste campo, sobretudo no plano das didáticas específicas de Educação Matemática, Matemática e Educação Matemática Inclusiva. É líder do grupo de pesquisa "Dzeta Investigações em Educação Matemática - DIEM". Secretário Geral da SBEM Nacional (2019 - 2022). Membro da Diretoria Nacional Executiva da Sociedade Brasileira de Educação Matemática SBEM-Nacional, onde ocupa o cargo de Primeiro Secretário e compõe a Comissão Editorial Nacional, tendo coordenado os Editais de e-books da SBEM de 2020 e 2021. É, também, consultor e avaliador Ad Hoc do INEP/MEC/SINAES e avaliador Ad Hoc de revistas na área de Educação Matemática e Educação.

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