O corpo feminino como intertexto moral do feminicídio

Autores

  • Carlos Magno Gomes Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2021i26p150-164

Palavras-chave:

Literatura brasileira, Lygia Fagundes Telles, Patrícia Melo, Violência sexual, Corpo feminino

Resumo

Este artigo apresenta uma proposta comparatista entre o corpo feminino assassinado e os códigos morais da sociedade patriarcal no conto “Dolly” (1995), de Lygia Fagundes Telles, e no romance Mulheres empilhadas, de Patrícia Melo (2019). Articulamos uma abordagem interdisciplinar para a confecção do corpo feminino suplicado como um intertexto moral hegemônico. Essa estratégia está relacionada ao questionamento do aniquilamento feminino. Metodologicamente, desenvolve-se a construção do conceito de corpo suplicado como intertexto moral a partir do debate proposto por Michel Foucault, Tiphaine Samoyault, Elódia Xavier e Lia Zanotta Machado. Nessas obras, o corpo da mulher está representado por meio de uma perversa normatização de gênero, respaldada pelo suplício da vítima e reforçada por meio de intertextos jornalísticos paralelamente enxertados ao texto ficcional.

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Biografia do Autor

Carlos Magno Gomes, Universidade Federal de Sergipe

Doutor em Literatura pela UnB (2004). Pós-doutorado em Estudos Literários ela UFMG (2013). Pesquisador Produtividade do CNPq.

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Publicado

2021-07-08

Como Citar

Gomes, C. M. (2021). O corpo feminino como intertexto moral do feminicídio. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (26), 150–164. https://doi.org/10.23925/1983-4373.2021i26p150-164

Edição

Seção

Artigos