Novas abstrações da viagem
o caso de Rasos d’água, de Astrid Cabral
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2025i34p138-156Palavras-chave:
Poesia brasileira contemporânea, Transformação dos gêneros literários, Viagem, Navegação, Astrid CabralResumo
O presente ensaio avalia a reinvenção do topos da viagem em Rasos d’água (2003), de Astrid Cabral. Para tanto, a argumentação é dividida em três partes: em um primeiro momento, dedica-se mais demoradamente à leitura cerrada de textos escolhidos, com o objetivo de explicitar a) a predominância do subjetivismo próprio da poesia moderna; b) a mistura de aspectos de gêneros literários outros; em seguida; c) o conjunto de referências literárias utilizadas para sua composição e; ao final, realiza-se um pequeno balanço para situar o livro no interior da história da poesia. Os poemas de Astrid Cabral podem ser tomados como emblema de questões que persistem na poesia brasileira, que, por vezes, atua à revelia da tradição, atualizando e reconfigurando o modo como poetas a observam.
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