A mágica de verdade de Gustavo Bernardo

Autores

  • Raquel Cristina de Souza e Souza

Palavras-chave:

Ficção, teoria da ficção, simulacro, público jovem.

Resumo

A principal característica da sociedade pós-moderna é a convivência do homem com a ilusão produzida pela tecnologia. A imagem se tornou a principal mediadora das relações do
indivíduo com o real circundante. No âmbito literário, esse fato tem provocado o acirramento do questionamento sobre os limites entre o real e sua representação, já que agora, mais do que nunca, estão borradas na própria realidade empírica as fronteiras entre o falso e o verdadeiro. Frente a esse
novo contexto (do qual não está excluída a produção voltada para crianças e jovens), a literatura tem respondido principalmente de duas maneiras: por meio da reafirmação de seu estatuto de ficção e pela incorporação da imagem midiática como técnica narrativa. É esse o caso de O mágico de
verdade (2006), de Gustavo Bernardo – exemplo significativo de como a literatura tem reagido esteticamente às mudanças sociais. Ao cotejarmos o texto ficcional em questão com as formulações teóricas do autor, é possível percebermos que, ao se apresentar como uma alegoria que problematiza o sequestro do imaginário pelos simulacros midiáticos, a obra acaba se revelando uma verdadeira
teoria da ficção para jovens.

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Como Citar

Souza, R. C. de S. e. (2012). A mágica de verdade de Gustavo Bernardo. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (6), 79–90. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/12256

Edição

Seção

Artigos