Os sentidos das lives no contexto da pandemia: do escapismo e da filantropia às lógicas identitárias
Les sens des vies dans le contexte de la pandémie : de l'évasion et de la philanthropie aux logiques identitaires
Palavras-chave:
live, pandemia, publicidade, consumo, marcasResumo
O contexto da pandemia da Covid-19 provocou impactos em diferen- tes áreas, inclusive no cenário midiático, na publicidade e no consumo. Nesse triplo entroncamento estão as chamadas lives – entendidas e delimitadas aqui como transmissões ao vivo de conteúdos musicais por plataformas digitais. Este artigo tem por objetivo jogar luz sobre este novo fenômeno, procurando compreendê-lo na sua complexidade, não apenas do ponto de vista conceitual, mas também em categorizações aplicadas em articulação com as marcas. A partir de revisão bibliográfica interdisciplinar e análise antropossemiótica de 36 lives musicais produzidas e transmitidas no Brasil, encontramos as lives emocionais (escapistas e empáticas), energéticas (filantrópicas e interativas) e lógicas (identitárias e comunitárias), projetando diferentes ambiências midiá- tica e publicitária para as marcas.
Referências
CARVALHO, Laura. Curto-circuito: o vírus e a volta do Estado. São Paulo: Todavia, 2020.
COULDRY, Nick; HEPP, Andreas. A construção mediada da realidade. São Leopoldo: Unisinos, 2020.
D'ANDRÉA, Carlos. Conexões intermidiáticas entre transmissões audiovisuais ao vivo e redes sociais online: possibilidades e tensionamentos. Revista Comunicação Midiática, v. 10, n. 2, p. 61-75, 2015. Disponível em: https://www2.faac.unesp.br/comunicacaomidiatica/index.php/CM/article/view/143
DAMATTA, Roberto. A casa e a rua. Rio de Janeiro: Rocco, 1997a.
______. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1997b.
FAUSTO NETO, Antonio. A circulação além das bordas. In: FAUSTO NETO, Antonio; VALDERETTARO, Sandra (orgs.). Mediatización, sociedad y sentido. Rosario: Universidade nacional de Rosario, 2010. p. 2-17.
FILÉ, Valter. O tamanho do mundo. In: FILÉ, Valter (org.). Batuques, fragmentações e fluxos. Rio de Janeiro: DP&A, 2000, p. 113-128.
HJARVARD, Stig. A midiatização da cultura e da sociedade. São Leopoldo: Unisinos, 2014.
KURZWEIL, Ray. Singularidade está próxima: quando os humanos transcendem a biologia. São Paulo: Iluminuras, 2018.
MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério. São Paulo: Senac, 2001.
MASSAROLO, João; MESQUITA, Dario; PADOVANI, Gustavo. Live Transmídia. Disponível em: https://www.academia.edu/download/57628506/Live_Transmidia_2018.pdf
MONTAÑO, Sonia. O tempo real do Justin TV: apontamentos sobre os sentidos da transmissão ao vivo na web. XXIII Encontro Anual da Compós, 2014. Disponível em: http://www.compos.org.br/biblioteca/artigofinalcompossm_2248.pdf
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 2017 (Estudos, 46).
PEREZ, Clotilde. Condições antropossemióticas do negro na publicidade contemporânea. In: BATISTA, Leandro L.; LEITE, Francisco. (org.) O Negro nos espaços publicitários brasileiros. São Paulo: ECA/CONE, 2011.
______; SATO, Silvio K. O que é mídia? Caminhos para compreendê-la a partir da metáfora das esferas de Peter Sloterdijk. In: GUIMARÃES, Alexandre H.T.; SILVEIRA, Isabel O.; DUARTE, Marcos N. (org.) Estudo sobre mídias: perspectivas comunicacionais em rede. São Paulo: Marquise, 2018.
RIBEIRO, José. Métodos e técnicas de investigação em antropologia. Lisboa: UA, 2003
SANTAELLA, Lucia. O que é semiótica? São Paulo: Editora Brasiliense, 1990.
______. A teoria geral dos signos: como as linguagens significam as coisas. São Paulo: Pioneira, 2000.
______. Matrizes da linguagem e pensamento: sonora visual verbal. São Paulo: Iluminuras, 2005.
______. A ecologia pluralista da comunicação. Conectividade, mobilidade, ubiquidade. São Paulo: Paulus, 2010.
______. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013.
______. Apresentação. In: Charles Sanders Peirce: Excertos. Trad. Lucia Santaella e Isabel Jungk. São Paulo: Paulus, 2020. p. 07-33.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Galáxia. Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores de artigos publicados mantêm os direitos autorais de seus trabalhos, licenciando-os sob a licença Creative Commons CC-BY, que permite que os artigos sejam reutilizados e distribuídos sem restrição, desde que o trabalho original seja corretamente citado. Os autores concedem para GALÁxIA. Revista Interdisciplinar de Comunicação e Cultura o direito de primeira publicação.