Entre o provisório e o incerto:

modos de trabalho em uma agência de publicidade colaborativa.

Autores

  • Maria Cristina Dias Alves Centro Universitário Belas Artes Escola de Comunicações e Artes - USP

Palavras-chave:

processo criativo; mediações; midiatização; dispositivos.

Resumo

Para observar processos de trabalho em transformação nas agências de publicidade brasileiras, realizamos uma pesquisa de cunho etnográfico em três modelos de agência (tradicional, digital e colaborativa). Neste artigo, apresentamos
parte das observações, entrevistas e análises realizadas na agência de modelo colaborativo, que agrupa serviços de comunicação e de tecnologia em um negócio híbrido. Sob os conceitos de mediações, midiatização e dispositivos, discutimos a descentralização de saberes e de poderes dentro de um ecossistema publicitário, materializado em um espaço físico horizontal, com hierarquia peculiar e em constante movimento.

Biografia do Autor

Maria Cristina Dias Alves, Centro Universitário Belas Artes Escola de Comunicações e Artes - USP

Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Mestre em Comunicação e Práticas de Consumo pela ESPM/SP e graduada em Comunicação Social, especialização em Publicidade e Propaganda, pela mesma instituição. Pesquisadora do GESC, Grupo de Estudos em Semiótica, Comunicação, Cultura e Consumo da ECA/USP. Docente da disciplina Redação Publicitária I, II e III no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

Referências

AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009.

BARROS, L. M. Recepção, mediação e midiatização: conexões entre teorias europeias e latino-americanas. In: MATTOS, M. et al. (Org.), Mediação & midiatização, p. 79-106. Salvador: EDUFBA, 2012.

BASTOS, M. T. Medium, media, mediação e mediatização. In: MATTOS, M. et al. (Org.), Mediação & midiatização, p. 53-77. Salvador: EDUFBA, 2012.

BRAGA, J. L. Midiatização: a complexidade de um novo processo social. UHU, Revista do Instituto Humanitas de Ensino, nº 289, ano IX, 2009.

______ Circuitos versus campos sociais. In: MATTOS, M. et al. (Org.), Mediação & midiatização, p. 31-52. Salvador: EDUFBA, 2012.

CASAQUI, V. Por uma teoria da publicização: transformações no processo publicitário. Revista Significação, nº36, p. 131-151, 2011.

COULDRY, N., & MEJIAS, U. A. Data Colonialism: Rethinking Big Data’s Relation to the Contemporary Subject. In: Television & New Media, 20(4), p. 336–349, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1527476418796632. Acesso em: set. 2022.

DELEUZE, G. Que és un dispositivo? In: BALIBAR, E. et al. Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 1999.

FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 2000.

FOUCAULT, M. Nascimento da biopolítica: curso dado no Collège de France (1978-1979). São Paulo: Martins Fontes, 2008.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

HAN, B. C. Sociedade do cansaço. Rio de Janeiro: Vozes, 2015.

HJARVARD, S. A midiatização da cultura e da sociedade. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2014.

______ Midiatização: teorizando a mídia como agente de mudança social e cultural. MATRIZes, ano 5, nº 2 (jan./jun.), p. 53-91. São Paulo: ECA/USP, 2012.

HASEBRINK, U.; HEPP, A.; Human interaction and communicative figurations. The transformation of mediatized cultures and societies. Communicative Figurations. Working Paper, nº 2, 2013. Disponível em: https://bit.ly/3fSWWqa. Acesso em: set. 2022.

LOPES, M. I. V. Mediação e recepção. Algumas conexões teóricas e metodológicas nos estudos latinoamericanos de comunicação. MATRIZes, ano 8, nº 1 (jan./jun.), p. 65-80. São Paulo: ECA/USP, 2014.

______ A teoria barberiana da comunicação. MATRIZes, ano 12, nº 1 (jan./jun.), p. 39-63, São Paulo: ECA/USP, 2018.

MARTÍN-BARBERO, J. Uma aventura epistemológica. MATRIZes, v. 2, nº 2 (jan./jun.), p. 143-162. São Paulo: ECA/USP, 2009.

______ ¿Desde dónde pensamos la comunicacional hoy? Chasqui. Revista Latinoamericana de Comunicación, nº 128 (abril-julio), 2015. Disponível em: https://revistachasqui.org/index.php/chasqui/article/view/2545. Acesso em: set. 2022.

ROCHA, E. P. G. Magia e capitalismo: um estudo antropológico da publicidade. São Paulo: Brasiliense, 1985.

SENNETT, R. A corrosão do caráter: as consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record (ebook), 2015.

THOMPSON, J. B. A interação mediada na era digital. MATRIZes, v. 12, nº 3, p. 17-44, São Paulo: ECA/USP, 2018.

VERÓN, E. Teoria da midiatização: uma perspectiva semioantropológica e algumas de suas consequências. MATRIZes, v.8, nº1. (jan./jun.), p. 13-19. São Paulo: ECA/USP, 2014.

Downloads

Publicado

2023-09-18

Edição

Seção

Artigos | Articles