¿Qué tienen en común Alexa, Siri, Lu y Bia?
Asistentes digitales, sexismo y alteraciones de las actuaciones de género
Palabras clave:
asistentes digitales personales, género, tecnología, sexismo, performanceResumen
Los asistentes digitales personales son artefactos comunicacionales que ayudan a los usuarios a realizar tareas cotidianas de forma automatizada, a través del lenguaje natural hablado o escrito. Entre los primeros se encuentran Alexa (de Amazon) y Siri (de Apple), mientras que entre los segundos destacamos Lu (de Magazine Luiza) y Bia (de Bradesco). Se trata de robots humanizados como personajes femeninos que sufren una constante agresión verbal por parte de los usuarios. A partir de una discusión teórica sobre la relación entre tecnología y género y una mirada empírica a los casos que ocurrieron con los asistentes antes mencionados, presentamos los cambios realizados recientemente en su discurso para contrarrestar los insultos, argumentando que se trata de interrupciones intencionales del desempeño. Concluimos que, a pesar de ser un primer paso contra el sexismo, las actualizaciones realizadas aún son insuficientes y las opresiones de género continúan, incluso con agentes no humanos. Los asistentes digitales personales son artefactos comunicacionales que ayudan a los usuarios a realizar tareas cotidianas de forma automatizada, a través del lenguaje natural hablado o escrito. Entre los primeros se encuentran Alexa (de Amazon) y Siri (de Apple), mientras que entre los segundos destacamos Lu (de Magazine Luiza) y Bia (de Bradesco). Se trata de robots humanizados como personajes femeninos que sufren una constante agresión verbal por parte de los usuarios. A partir de una discusión teórica sobre la relación entre tecnología y género y una mirada empírica a los casos que ocurrieron con los asistentes antes mencionados, presentamos los cambios realizados recientemente en su discurso para contrarrestar los insultos, argumentando que se trata de interrupciones intencionales del desempeño. Concluimos que, a pesar de ser un primer paso contra el sexismo, las actualizaciones realizadas aún son insuficientes y las opresiones de género continúan, incluso con agentes no humanos.Citas
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