O que têm em comum Alexa, Siri, Lu e Bia?

Assistentes digitais, sexismo e rupturas de performances de gênero

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Mots-clés :

assistentes pessoais digitais, gênero, tecnologia, performance, sexismo

Résumé

As assistentes pessoais digitais são artefatos comunicacionais que auxiliam usuários a executarem tarefas cotidianas de forma automatizada, através da linguagem natural falada ou escrita. Dentre as de primeiro tipo encontram-se a Alexa (da Amazon) e Siri (da Apple), enquanto dentre as de segundo tipo destacamos a Lu (da Magazine Luiza) e a Bia (do Bradesco). Trata-se de robôs humanizados como personagens femininas que sofrem constantes alvos de agressões verbais por parte de usuários. A partir de uma discussão teórica sobre as relações entre tecnologia e gênero e de um olhar empírico para casos ocorridos com as assistentes mencionadas, apresentamos mudanças feitas recentemente em seu discurso de modo a se contraporem a insultos, argumentando que se trata de rupturas intencionais de performance. Concluímos que, apesar de ser um primeiro passo contra o sexismo, as atualizações feitas ainda são insuficientes e as opressões de gênero seguem em curso, mesmo com agentes não humanas.

Bibliographies de l'auteur-e

Luiza Carolina dos Santos, Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP)

Doutora em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com estágio doutoral (CAPES PDSE) na Goethe Universität e no Sussex Humanities Lab da Univesity of Sussex. Mestre em Comunicação Social (PUCRS) e jornalista. Pesquisadora na Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV DAPP).

Beatriz Polivanov, Universidade Federal Fluminense

Doutora e mestre em Comunicação, com pós-doutoramento pela Universidade de McGill, no Canadá, e também pelo PPGCOM da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro. Docente permanente do PPGCOM e do Depto de Estudos Culturais e Mídia da UFF, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Pesquisadora do CNPq e FAPERJ.

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Publié-e

2021-12-06

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