Ser mãe e jornalista no Brasil
uma análise social e autoetnográfica
Palavras-chave:
Jornalismo, maternidade, desigualdadeResumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre os desafios enfrentados por mães jornalistas no Brasil, a partir de uma perspectiva autoetnográfica, defendida por autores como Amanda Coffey. Como mãe e jornalista, a autora do artigo apresenta exemplos das dificuldades enfrentadas no seu cotidiano profissional. O estudo apoia-se também em dados de entidades como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que ilustram a disparidade de gênero no mercado de trabalho brasileiro, situação agravada durante a pandemia de Covid-19. Os dados são interpretados com base em pesquisadores que estudam o tema, como a vencedora do Prêmio Nobel Claudia Goldin. Propõe-se também uma dimensão historiográfica, ao relembrar histórias de mulheres do passado envolvidas com o jornalismo, que enfrentaram preconceito e a falta de apoio, como Prisciliana Duarte de Almeida e Gilka Machado.
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