Autoconsciência em talentosos

análise da produção científica (de 1995 a 2015)

Autores

  • Taísa Candido de Batista Universidade Federal do Espírito Santo
  • Mariane Lima de Souza Universidade Federal do Espírito Santo
  • Altemir José Golçalves Barbosa Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.23925/2175-3520.2021i53p97-108

Palavras-chave:

Autoconsciência, Dotação, Talento, Produção científica

Resumo

Autoconsciência refere-se à capacidade do indivíduo de se tornar o objeto de sua própria consciência. Considerada uma forma de consciência de alta ordem, ela pode desempenhar diferentes papéis em diferentes modelos teóricos na área de Dotação e Talento (D&T). Com a finalidade de realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a relação entre autoconsciência e D&T, foram recuperados 14 artigos nas bases de dados ERIC, PubMed, SAGE Publications e Academic OneFile, a partir do Portal de Periódicos Capes, com os descritores gifted, self-awareness e self-consciousness. Os artigos foram analisados descritiva e qualitativamente, considerando a faixa etária dos participantes dos estudos, a operacionalização de D&T, a relação entre autoconsciência e D&T e as possíveis aplicações práticas. Os resultados salientam a importância da autoconsciência para a D&T, seja para catalisar o desenvolvimento dos talentos ou para identificar melhor este grupo. Estratégias de ensino que considerem as características intrapessoais dos talentosos são indicadas.

Referências

Ackerman, C. M. (1997). Identifying gifted adolescents using personality characteristics: Dabrowski’s overexcitabilities. Roeper Review, 19, 229-236.

Alencar, E. M. L. S. (2007). Indivíduos com Altas Habilidades/Superdotação: Clarificando Conceitos, Desfazendo Ideias Errôneas. In: Fleith, D. S. (Org). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação. Orientação a professores, 15-23.

Ali, A.S. (2001). Issues involved in the evaluation of gifted programmes. Gifted Education International 16, 79-91.

Bahiense, T. R. S. & Rossetti, C. B. (2014). Altas habilidades/superdotação no contexto escolar: percepções de professores e prática docente. Revista Brasileira de Educação Especial, 20(2), 195-208.

Burney, V. H., & Beilke, J. R. (2008). The Constraints of Poverty on High Achievement. Journal for the Education of the Gifted, 31(3), 171-197.

Chacon, M. C. M. & Martins, B. A. (2014). A produção acadêmico-científica do Brasil na área das altas habilidades/superdotação no período de 1987 a 2011. Revista Educação Especial, 27(49), 353-372.

Chagas, J. F. (2007). Conceituação e fatores individuais, familiares e culturais relacionados às altas habilidades. Em D. S. Fleith & E. M. L. S. Alencar (Orgs.). Desenvolvimento de talentos e altas habilidades (pp. 15-24). Porto Alegre: Artmed.

Chagas, J. F. (2008). Adolescentes talentosos: características individuais e familiares. Tese de Doutorado não publicada, Universidade de Brasília, Brasília.

Cross, T. L., Stewart, R. A. & Coleman, L. J. (2003). Phenomenology and its implications for gifted studies research: investigating the lebenswelt of academically gifted students attending an elementary magnet school. Journal for the Education of the Gifted, 26(3), 201-220.

Dabrowski, K. (1964). Positive disintegration. Boston: Little Brown.

Dabrowski, K. (1970). Positive and accelerated development. In K. Dabrowski, A. Kawczak, & M. M. Piechowski (Orgs.), Mental growth through positive disintegration (pp. 27-61). London: Gryf.

Dai, D. Y. & Feldhusen, J. F. (1999). A Validation Study of the Thinking Styles Inventory: Implications for Gifted Education. Roeper Review, 21(4), p.302.

Dai, D. Y., Moon, S. M., & Feldhusen, J. F. (1998). Achievement motivation and gifted students: A social cognitive perspective. Educational Psychologist, 33(2-3), 45-63.

Duval, T. S., & Wicklund, R. A. (1972). A Theory of Objective Self-Awareness. Nova Iorque: Academic Press.

Folsom, C. (1998). From a distance: joining the mind and moral character. Roeper Review, 20(4), 265-270.

Freitas, S. N., & Negrini, T. (2008). A identificação e a inclusão de alunos com características de altas habilidades/superdotação: Discussões pertinentes. Revista Educação Especial, 32, 273-284.

DaSilveira, A. da C., DeSouza, M. L., & Gomes, W. B. (2015). Self-consciousness concept and assessment in self-report measures. Frontiers in Psychology, 6, p. 1-11.

Fleith, D. S., Almeida, L.S., Alencar, E. M. L. S., & Miranda, L. (2010). Educação do aluno sobredotado no Brasil e em Portugal: uma análise comparativa. Revista Lusófona de Educação, (16), 75-88.

Gagné, F. (2009). Building gifts into talents: Detailed overview of the DMGT 2.0. In B. MacFarlane, & T. Stambaugh, (Eds.), Leading change in gifted education: The festschrift of Dr. Joyce VanTassel-Baska. Waco, TX: Prufrock Press.

Gama, M. C. S. S. (2014). As teorias de Gardner e de Sternberg na Educação de Superdotados. Revista Educação Especial, 27(50), 665-674.

Garces-Bacsal, R. M., Cohen, L., & Tan, L. S. (2011). Soul Behind the Skill, Heart Behind the Technique Experiences of Flow Among Artistically Talented Students in Singapore. Gifted Child Quarterly, 55(3), 194-207.

Gardner, H. (1994). Estruturas da mente: a Teoria das Múltiplas Inteligências. Tradução por Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas.

Guenther, Z. C. & Rondini, C. A. (2012). Capacidade, dotação, talento, habilidades: uma sondagem da conceituação pelo ideário dos educadores. Educação em Revista 28(1), 237-266.

Maxwell, E. (1998). “I can do it myself!” reflections on early self-efficacy. Roeper Review, 20(3), 183-187.

Mendaglio, S. (1995). Sensitivity among gifted persons: A multi-faceted perspective. Roeper Review, 17(3), 169-172.

Mills, A., Butt, J., Maynard, I. & Harwood, C. (2012). Identifying factors perceived to influence the development of elite youth football academy players. Journal of sports sciences, 30(15), 1593-604.

Morin, A., & Everett, J. (1990). Inner speech as a mediator of self-awareness, self-consciousness, and self-knowledge: an hypothesis. New Ideas in Psychology, 8(3), 337-356.

Morin, A. (1993). Self-talk and self-awareness: On the nature of the relation. Journal of Mind and Behavior, 14(3), 223-234.

Morin, A. (2002). Self-awareness review Part 1: Do you “self-reflect” or “self-ruminate”? Science & Consciousness Review, 1. Recuperado em 16 de jun. de 2014, de http://www2.mtroyal.ab.ca/~amorin/Rumination.pdf.

Morin, A. (2006). Levels of consciousness and self-awareness: A comparison and integration of various neurocognitive views. Consciousness and cognition, 15(2), 358-371.

Moran, S. (2009). Purpose: Giftedness in Intrapersonal Intelligence. High Ability Studies, 20(2), 143-159.

Motta, F. E., Rafalski, J. C., Rangel, I. C., & Souza, M. L. D. (2013). Narrative and dialogical reflexivity: an approach between writing and inner speech. Psicologia: Reflexão e Crítica, 26(3), 609-616.

Nascimento, A. M. (2008). Autoconsciência situacional, imagens mentais, religiosidade e estudos incomuns da consciência: um estudo sociocognitivo. (Tese de doutorado). Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

Oliveira, J. C., & Barbosa, A. J. G. (2014). Instrumentos de sobre-excitabilidade: uma revisão sistemática. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 66(1), 117-134.

Ourofino, V. T. A. T.; Guimarães T. G. (2007) Características intelectuais, emocionais e sociais do aluno com altas habilidades/superdotação. In: Fleith, D. S. (Org). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação. Orientação a professores, 41-52.

Pereira, C. E. S. (2010). Identificação de estudantes talentosos: uma comparação entre as perspectivas de Renzulli e Güenther. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG.

Pérez, S. G. P. B. (2014). Altas habilidades/superdotação: mais vale prevenir... Pediatria Moderna, 50(1), 40-48.

Ramalho, J. V. A., Silveira, D. N., Barros, W. S., & Brum, R. S. (2014). A carência de formação sobre a superdotação nas licenciaturas da Ufpel: um estudo de caso. Revista Brasileira de Educação Especial, 20(2), 235-248

Renzulli, J. S. (2006). O que é esta coisa chamada superdotação e como a desenvolvemos? Uma retrospectiva de vinte e cinco anos. Educação, 27(1), 75-131.

Renzulli, J. (2014). The schoolwide enrichment model: a comprehensive plan for the development of talents and giftedness. Revista Educação Especial, 27(50), 539-562.

Roeper, A. (1982). How the gifted cope with their emotions. Roeper Review, 5(2), 21-24.

Silverman, L. K. (1998). Through the lens of the giftedness. Roeper Review, 20(3), 204.

Silverman, L. K. (2009) My Love Affair with Dabrowski’s Theory: A Personal Odyssey. Roeper Review, 31(3), p.141-149.

Valle-Ribeiro, N. do, & Barbosa, A. J. G. (2014). Características da produção sobre professores de alunos com dotação e talento. Psicologia da Educação, (38), 101-112.

Wood, Susannah. (2010a). Best Practices in Counseling the Gifted in Schools: What’s Really Happening? Gifted Child Quarterly, 54(1), 42-58.

Wood, S. M. (2010b). Nurturing a garden: a qualitative investigation into school counselors’ experiences with gifted students. Journal for the Education of the Gifted, 34(2), p.261-302.

Downloads

Publicado

2022-11-25

Edição

Seção

Artigos