Medicalização da educação, TDAH e subjetividade

um estudo de caso para além do diagnóstico

Auteurs

  • Luísa Arcoverde Bezerra Soares Centro Universitário de Brasília
  • Daniel Magalhães Goulart Universidade de Brasília

DOI :

https://doi.org/10.23925/2175-3520.2023i56p48-57

Mots-clés :

Medicalização, Subjetividade, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

Résumé

Este artigo aborda a medicalização no contexto da educação e se fundamenta em uma pesquisa cujo objetivo foi compreender processos subjetivos relacionados a esse fenômeno em um adolescente diagnosticado com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. A pesquisa foi sustentada pelo referencial proposto por González Rey, definido pela articulação entre Teoria da Subjetividade em uma perspectiva histórico-cultural, Metodologia Construtivo-Interpretativa e Epistemologia Qualitativa. O estudo de caso em questão envolveu um trabalho de campo de três meses, com encontros quinzenais com o participante. Os instrumentos utilizados foram dinâmicas conversacionais, complementos de frases e dinâmica com arte. Os resultados mostram que, longe de apresentar um problema de aprendizagem, o adolescente expressa processos de aprendizagem marcados pela reflexividade, curiosidade e produções autorais. O estudo de caso apresentado desafia a forma como o diagnóstico tem sido supervalorizado em sala de aula, enquanto as motivações autênticas dos estudantes permanecem à margem da escolarização.

Biographie de l'auteur

Daniel Magalhães Goulart , Universidade de Brasília

Professor adjunto do Departamento de Teoria e Fundamento da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília.

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Publiée

2024-10-15

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Rubrique

Artigos