Medicalização da educação, TDAH e subjetividade
um estudo de caso para além do diagnóstico
DOI:
https://doi.org/10.23925/2175-3520.2023i56p48-57Palavras-chave:
Medicalização, Subjetividade, Transtorno do Déficit de Atenção com HiperatividadeResumo
Este artigo aborda a medicalização no contexto da educação e se fundamenta em uma pesquisa cujo objetivo foi compreender processos subjetivos relacionados a esse fenômeno em um adolescente diagnosticado com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. A pesquisa foi sustentada pelo referencial proposto por González Rey, definido pela articulação entre Teoria da Subjetividade em uma perspectiva histórico-cultural, Metodologia Construtivo-Interpretativa e Epistemologia Qualitativa. O estudo de caso em questão envolveu um trabalho de campo de três meses, com encontros quinzenais com o participante. Os instrumentos utilizados foram dinâmicas conversacionais, complementos de frases e dinâmica com arte. Os resultados mostram que, longe de apresentar um problema de aprendizagem, o adolescente expressa processos de aprendizagem marcados pela reflexividade, curiosidade e produções autorais. O estudo de caso apresentado desafia a forma como o diagnóstico tem sido supervalorizado em sala de aula, enquanto as motivações autênticas dos estudantes permanecem à margem da escolarização.
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