Alterando viés racial implícito em adultos pretos e brancos: uma avaliação de procedimento de equivalência de estímulos

Pedro Henrique Jardim; Paula Suzana Gioia

doi:10.23925/2594-3871.2022v31i2p412-431

Autores

Pedro Henrique Jardim Pontifícia Universidade Católica de São Paulo https://orcid.org/0000-0001-8195-8947
Paula Suzana Gioia Pontifícia Universidade Católica de São Paulo https://orcid.org/0000-0001-5813-1802

DOI:

https://doi.org/10.23925/2594-3871.2022v31i2p412-431

Palavras-chave:

análise do comportamento, equivalência de estímulos, viés racial implícito, relações raciais

Resumo

Enquanto ciência, a Análise do Comportamento tem tecnologia para estudar práticas culturais relacionadas a questões raciais. O objetivo deste estudo foi aplicar uma dessas tecnologias e avaliar os efeitos produzidos por um procedimento de redução de viés racial negativo em relação a pessoas pretas. Foram selecionados 17 participantes, pretos e brancos, que preencheram um questionário de autodeclaração e foram avaliados pelo Implicit Relational Assessment Procedure (IRAP) para definição de linha de base. Por meio de um procedimento de matching-to-sample (MTS), foram treinadas três relações entre estímulos: (a) polegares/figuras abstratas; (b) figuras abstratas/pessoas pretas e figuras abstratas; e (c) relações anteriores simultâneas. Ao término de cada treino, foram realizados testes de simetria, transitividade e equivalência. Utilizou-se novamente o IRAP, para verificar mudanças após o treino. Os resultados indicaram que as respostas dos participantes na linha de base não mostraram viés negativo para pessoas pretas mas, após o treino, houve mudança significativa para participantes brancos. Recomenda-se que pesquisas futuras testem as características do experimentador e outras formas de detecção de viés racial implícito.

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Biografia do Autor

Pedro Henrique Jardim, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2012). Especialista em Clínica Comportamento pelo Núcleo Paradigma (2016). Mestrado em Psicologia Experimental pela PUC-SP (2018). Atualmente é servidor público da Prefeitura do Município de Cotia no cargo de psicólogo em saúde pública, atuante no Serviço de Atendimento Especializado HIV/AIDS (SAE) e também no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS AD). Tem experiência em clínica comportamento, área sócio-jurídica (medida socioeducativa) e em abordagem de rua focado em dependentes químicos; articulação de rede e palestras. Tem como interesse o estudo das relações sócio raciais e Análise do Comportamento.

Paula Suzana Gioia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1975), mestrado em Educação (Psicologia da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996) e doutorado em Educação (Psicologia da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente é assistente-doutor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e docente permanente do Programa de Psicologia Experimental: Análise do Comportamento. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Análise do Comportamento, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino, formação de formadores, controle de estímulos, autismo.

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