Habilidades relacionais para atendimento em saúde: relato de experiência do processo de construção de oficinas práticas

Erika Pizziolo Monteiro; Luana Dullius; Eduardo Remor

doi:10.23925/2594-3871.2022v31i2p527-543

Autores

Erika Pizziolo Monteiro Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Luana Dullius Universidade Federal do Rio Grande do Sul https://orcid.org/0000-0003-0722-9628
Eduardo Remor Universidade Federal do Rio Grande do Sul https://orcid.org/0000-0002-5393-8700

DOI:

https://doi.org/10.23925/2594-3871.2022v31i2p527-543

Palavras-chave:

Assistência à Saúde, Comunicação em Saúde, Educação Baseada em Competências

Resumo

Habilidades relacionais para atuação em campos de trabalho são consideradas competências essenciais que se somam e permitem o processo de aplicação de ferramentas técnicas. Tais habilidades são essenciais em diversos contextos de saúde com potenciais impactos no processo de adesão aos planos de tratamento aplicados. O presente relato tem como objetivo descrever o processo de construção de oficinas práticas voltadas a alunos de cursos da área da saúde visando o desenvolvimento de habilidades relacionais para atendimento clínico. Método: as oficinas abordaram conteúdos relacionados ao desenvolvimento de habilidades de comunicação, postura empática e inteligência emocional enquanto ferramentas de trabalho, assim como resiliência e trabalho em equipe enquanto variáveis componentes do fazer em saúde. Os critérios de avaliação foram: adequação do conteúdo teórico, a capacidade das atividades em operacionalizar as temáticas abordadas e permitir aprendizagem de habilidades de trabalho, a clareza dos materiais de apoio utilizados, as apresentações feitas pelas facilitadoras e possibilidade de indicação das oficinas a colegas. De forma geral os participantes indicaram satisfação com o trabalho entregue. O trabalho proporcionou aos estudantes oportunidades de aprendizagem de forma a construir conhecimento e desenvolver habilidades relacionais de trabalho pertinentes à realidade das atividades clínicas e buscou aproximar os estudantes de um contexto real de atuação.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Erika Pizziolo Monteiro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicóloga e Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Luana Dullius, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicóloga e Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Eduardo Remor, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Referências

Arnold, E. C., & Boggs, K. U. (2016). Interpersonal Relationships: Professional Communication Skills for Nurses. St. Louis, MO: Elsevier

Back, A. L., Fromme, E. K., & Meier, D. E. (2019). Training Clinicians with Communication Skills Needed to Match Medical Treatments to Patient Values. Journal of American Geriatrics Society, 67(2), 435-441. doi: 10.1111/jgs.15709

Bonvicini, K. A., Perlin, M. J., Bylund, C. L., Carroll, G., Rouse, R. A., & Goldstein, M. G. (2009). Impact of communication training on physician expression of empathy in patient encounters. Patient Education and Counseling, 75(1), 3-10. doi: 10.1016/j.pec.2008.09.007

Chichirez, C. M., & Purcarea, V. L. (2018). Interpersonal communication in healthcare. Journal of Medicine and Life, 11(2), 119-122.

Davis, M. H. (1980). A Multidimensional Approach to Individual Differences in Empathy. JSAS Catalog of Selected Documents in Psychology, 10, 85.

Denniston, C., Molloy, E., Nestel, D., Woodward-Kron, R., & Keating, J. L. (2017) Learning outcomes for communication skills across the health professions: a systematic literature review and qualitative synthesis. BMJ Open, 7(4), e014570. doi: 10.1136/bmjopen-2016-014570.

Dibbelt, S., Schaidhammer, M., Fleischer, C., & Greitemann, B. (2009). Patient-doctor interaction in rehabilitation: the relationship between perceived interaction quality and long-term treatment results. Patient Education and Counseling, 76(3), 328-35. doi: 10.1016/j.pec.2009.07.031

Frankel, R. M., & Stein, T. (2001). Getting the most out of the clinical encounter: the four habits model. Journal of Medical Practice Management, 16(4), 184-91.

Hatcher, R. L., Fouad, N. A., Grus, C. L., Campbell, L. F., McCutcheon, S. R., & Leahy, K. L. (2013). Competency benchmarks: practical steps toward a culture of competence. Training and Education in Professional Psychology, 7(2), 84–91. doi: 10.1037/a0029401

Helitzer, D. L., Lanoue, M., Wilson, B., de Hernandez, B. U., Warner, T., & Roter, D. (2011). A randomized controlled trial of communication training with primary care providers to improve patient-centeredness and health risk communication. Patient Education and Counseling, 82(1), 21-9. doi: 10.1016/j.pec.2010.01.021

Institute of Medicine (IOM). (2001). Crossing the Quality Chasm. A New Health System for the 21st Century. Washington, DC: National Academy Press

Kelm, Z., Womer, J., Walter, J. K., & Feudtner, C. (2014). Interventions to cultivate physician empathy: a systematic review. BMC Medical Education, 14, 219. doi: 10.1186/1472-6920-14-219

King, A., & Hoppe, R. B. (2013). “Best practice” for patient-centered communication: a narrative review. Journal of Graduate Medical Education, 5(3), 385-93. doi: 10.4300/JGME-D-13-00072.1

Kreps, G. L. (2014). Evaluating health communication programs to enhance health care and health promotion. Journal of Health Communication, 19(12), 1449-59. doi: 10.1080/10810730.2014.954080

Okun, B. F., & Kantrowitz, R. E. (2014). Effective Helping: Interviewing and Counseling Techniques. Boston, Ma: Cengage Learning

Park, M., Giap, T. T., Lee. M., Jeong, H., Jeong, M., & Go, Y. (2018). Patient- and family-centered care interventions for improving the quality of health care: A review of systematic reviews. International Journal of Nursing Studies, 87, 69-83. doi: 10.1016/j.ijnurstu.2018.07.006

Pun, J. K. H., Chan, E. A, Wang, S., & Slade, D. (2018). Health professional-patient communication practices in East Asia: An integrative review of an emerging field of research and practice in Hong Kong, South Korea, Japan, Taiwan, and Mainland China. Patient Education and Counseling, 101(7), 1193-1206. doi: 10.1016/j.pec.2018.01.018]

Ruben, B. D. Communication Theory and Health Communication Practice: The More Things Change, the More They Stay the Same. (2016). Health Communication, 31(1), 1-11. doi: 10.1080/10410236.2014.923086

Stensrud, T. L., Gulbrandsen, P., Mjaaland, T. A., Skretting, S., & Finset, A. (2014). Improving communication in general practice when mental health issues appear: piloting a set of six evidence-based skills. Patient and Educational Counseling, 95(1), 69-75. doi: 10.1016/j.pec.2013.12.005

Weisz, E., Ong, D. C., Carlson, R. W., & Zaki, J. (2020). Building empathy through motivation-based interventions. Emotion. Advance online publication. doi: 10.1037/emo0000929

Zaki, J., & Cikara, M. (2015). Addressing empathic failures. Current Directions in Psychological Science, 24(6), 471–476. doi: 10.1177/0963721415599978

Zill, J. M., Scholl, I., Härter, M., & Dirmaier, J. (2015). Which Dimensions of Patient-Centeredness Matter? - Results of a Web-Based Expert Delphi Survey. PLoS ONE 10(11), e0141978. doi:10.1371/journal.pone.0141978