Saberes e ciências do renascimento aos nossos dias

Uma leitura na longa duração

Autores

  • Dominique Pestre École des Hautes Études en Sciences Sociales

DOI:

https://doi.org/10.23925/2176-2767.2022v75p5-33

Palavras-chave:

Sciences Studies, História, Técnicas, Ciências

Resumo

O presente texto é uma conclusão geral da História das ciências e dos saberes, publicado em três volumes em Paris, em 2015, sob minha direção. Esta História reagrupa textos de mais de 60 autores (as) e não toma a ciência como algo evidente e dado, como uma realidade trans histórica, como uma categoria não problemática e fechada. Visa, ao contrário, reinserir a extrema variedade de saberes e práticas, sejam elas científicas e técnicas, militares ou imperiais, assim como as práticas e saberes artesanais e populares. Procura inseri-los nas suas inscrições sociais e , teque irrigam, no governo dos homens e das coisas, indo do mais local ao global e imperial. E, o mais importante, de acordo com o que nos ensina o “Science Studies”, esta História pensa em casos, a partir de análises profundas de situações, única forma de descrever o entrelaçamento dos saberes, dos fazeres, dos artefatos, das técnicas, da guerra, do social e do político. O texto que segue tenta fazer um retorno reflexivo sobre esta História das ciências e dos saberes, tenta tirar dela, conclusões de longo termo, propor algumas lições que se poderia inferir sobre os acontecimentos dos últimos séculos. Certamente que não é nem pode ser definitivo mas oferece oito grandes hipóteses que podem contribuir para pensar o passado do nosso presente.

Referências

Références Bibliographiques

ANIDJARD, G. Blood: A Critique of Christianity. New York : Columbia University Press, 2014.

BECK, U. Et al. Reflexive Modernization: Politics, Tradition and Asthetics in the Modern Social Order. Cambridge: Polity Press, 1992.

BELHOST, B. Et al. Les exercices dans les écoles d’ingénieurs sous l’Ancien Régime et la Révolution. Histoire de l’édu- cation, n. 46, p. 53-109, 1990.

BLAGIOLLI, M. Patent Republic: Representing Inventions, Constructing Rights and Authors ». Social ch, vol. 73, n. 4, p. 1129-117, 2006.

COLLINS, H. M. Changing Order: Replication and Induction in Scientific Practice. London: Sage, 1985.

DELON, M. XVIIIe siècle. In: TADIE, J-Y. La Littérature française. Dynamique et histoire II. Paris, Gallimard: coll. « Folio Essais », 2007. p. 9-294.

DRAYTON, R. Nature’s Government: Science, Imperial Britain, and the « Improvement» of the World. New Haven (CT) : Yale University Press, 2000.

FEYRABEND, P. Contre la méthode. Esquisse d’une théorie anarchiste de la connaissance. Paris: Seuil, 1979.

FRESSOZ, J.B. L’Apocalypse joyeuse. Une histoire du risque technolo- gique. Paris: Seuil, 2012.

FRESSOZ, J.B.; LOCHER, F. The Frail Climate of Modernity: A Climate History of Environmental Reflexivity ». Critical Inquiry, vol. 38, n. 3, p. 579-598. 2012.

FRESSOZ, J.B.; PESTRE D. Risque et société du risque depuis deux siècles. In : BOURG, D.; JOLY, P-B. et KAUFMANN, A. (dir.). Du risque à la menace. Penser la catastrophe, Paris, PUF, p. 19-56. 2013.

GARDEY, D. Écrire, calculer, classer. Comment une révolution de papier a transformé les sociétés contemporaines (1800-1940). Paris: La Découverte, 2008.

GRABER, F. Paris a besoin d’eau. Projet, disputes et délibération technique dans la France napoléonienne. Paris: CNRS Éditions, 2009.

KOYRÉ, A. Du monde clos à l’univers infini. Paris: PUF, 1962.

KOYRÉ, A. Études galiléennes. Paris: Hermann, 1966.

LAUNAY, F. The Great Paris Exhibition Telescope of 1900 . Astronomy Journal for the History of, vol. 38, p. 459-475. 2007.

LE MASSON, P.; WEIL B.H. Les Processus d’innovation. Conceptions innovatantes et croissancedes entreprises. Paris: Hermès-Lavoisier, 2006.

LICCOPE, C. La Formation de la pratique scientifique. Paris: La Découverte, 1996.

LINDKIVIST, S. A History of Bombing. New York: The New Press, 2000.

MITCHELL, T. Rule of Experts: Egypt, Techno-Politics, Modernity. Berkeley: (CA), University of California Press, 2002.

PESTRE, D. Les physiciens dans les sociétés occidentales de l’après- guerre. Une mutation des pratiques techniques et des comportements sociaux et culturels. Revue d’histoire moderne et contemporaine, vol. 39, no 1, p. 56-72. 1992.

PESTRE, D. Science, argent et politique. Un essai d’interprétation. Paris: Quæ, 2003. conclusions générales des trois tomes 485.

ROSE, N. The Politics of Life Itself: Biomedicine, Power, and Subjectivity in the Twenty-First Century. Princeton (NJ): Princeton University Press, 2007.

SECORD, J. A. « The Geological Survey of Great Britain as a Research School (1839-1855) ». History of Science, vol. 24, p. 223-275, 1986.

SPARY, E. C. Le Jardin de l’utopie. L’histoire naturelle en France entre Ancien Régime et Révolution. Paris: Éd. du Muséum national d’his- toire naturelle, 2005. [1re éd. en anglais 2000].

SUPIOT, A. L’Esprit de Philadelphie. La justice sociale face au marché total. Paris: Seuil, 2010.

VAN DAMME, S. À toutes voiles vers la vérité. Une autre histoire de la philosophie au temps des Lumières. Paris: Seuil, 2014.

Publicado

2022-12-15

Como Citar

Pestre, D. (2022). Saberes e ciências do renascimento aos nossos dias: Uma leitura na longa duração. Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 75, 5–33. https://doi.org/10.23925/2176-2767.2022v75p5-33

Edição

Seção

Artigos Dossiê