Edição Atual
A ecossemiótica se constitui hoje em um dos campos mais fascinantes da pesquisa acadêmica, o Antropoceno, em sua multiplicidade de leituras e olhares semióticos. A importância da ecossemiótica reside na sua premissa de que a a semiose, ou seja, a ação dos signos rege todos os processos vivos e rudimentarmente também os não vivos em uma ampla eco e cosmo esfera de interelações. Neste escopo, este número da TECCOGS destaca as oportunas casuísticas que permeiam a vasta região amazônica, esta última servindo como espécie de hiperobjeto paradigmático, cambiante e insolúvel, um hiperobjeto que a ecossemiótica traduz em hipersigno. São as relações sígnicas que nos permitem penetrar na situação crítica em que as alterações antrópicas realizadas em nossas terras tropicais e equatoriais, do século passado para cá, não são mais reversíveis ou recuperáveis. Portanto, aqui se tem a proposta de uma penetração do conhecimento na intimidade da crise para abrir novos olhares rumo a uma possível superação.
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A TECCOGS buscou implementar um periódico coerente com a natureza interdisciplinar do Programa de Estudos Pós-Graduados em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD), da PUC-SP. O programa estava ligado a um curso de graduação, também interdisciplinarmente constituído, pioneiro no Brasil, de Tecnologia e Mídias Digitais, na sua versão atual convertido em uma graduação em Design de Interface. Assim, desde a graduação até a pós-graduação, hoje com seus programas de doutorado e pós-doutorado em funcionamento, voltado para as interfaces, complementaridades, convergências e contradições dos seres humanos com as máquinas inteligentes, dispositivos e ferramentas digitais tanto a nível científico, quanto estético e técnico. O programa de TIDD busca habilitar seus formandos a compreender e agir diante de uma realidade biomaquínica que reclama por fundamentações e pontos de vista transtecnológicos.
O que o programa visa formar são analistas simbólicos que, tomando suas bases no conhecimento computacional, sejam capazes de desenvolver reflexões teóricas sobre o papel das tecnologias cognitivas, tecnologias estas com aplicações na aprendizagem que, por sua vez, depende de designs de interface com conteúdo midiático e interação adequados.
A novidade do TIDD encontra-se na intersecção não apenas da computação e informação com a educação, ou da engenharia com a gestão do conhecimento, mas na inclusão, dentro dessas intersecções, do design de interface e do pensamento sobre as linguagens híbridas das redes, ou seja, sua novidade encontra-se na atenção que dispensa aos espaços interativos nos quais a inteligência maquínica e a biológica se encontram.
Winfried Nöth (Diretor científico da TECCOGS)