Edição Atual

n. 28 (2023): Manual Ético para o uso da Inteligência Artificial Generativa
					Visualizar n. 28 (2023): Manual Ético para o uso da Inteligência Artificial Generativa

Supervisionado muito de perto por Lucia Santaella, este manual é fruto de um trabalho coletivo, o resultado de estudos e discussões desenvolvidas em vários meses até chegarmos a este ponto que o grupo julgou satisfatório. O trabalho nasceu da constatação de que alguma iniciativa deveria ser tomada em prol do desenvolvimento ético para o uso da Inteligência Artificial Generativa (IAG) no meio acadêmico. Esse uso não depende de qualquer conhecimento de qualquer espécie sobre quais são as determinações e como age a IAG. Desde a instauração das redes sociais, os usuários digitais acostumaram-se a ocupar seus espaços sem nenhum entrave. A IAG entrou nesse fluxo, em que tudo é facilitado para a habitação em uma ecologia tão amigável quanto ocultadora de todos os efeitos colaterais que provoca. Não é casual o verdadeiro tsunami provocado pelo ChatGPT, um multi tarefeiro conversador e solícito, sempre pronto não só a ajudar, mas também a fazer por nós. Aí mora o perigo. Este manual contém não apenas um guia ético, mas deve funcionar como um alerta ético no campo da educação. Na verdade, enquanto a IA preditiva lida sobretudo com riscos, a IAG tem na ética sua chamada magna. Educar para a ética tornou-se mandatório.

Publicado: 2024-06-14

Edição completa

Ver Todas as Edições

A TECCOGS buscou implementar um periódico coerente com a natureza interdisciplinar do Programa de Estudos Pós-Graduados em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD), da PUC-SP. O programa estava ligado a um curso de graduação, também interdisciplinarmente constituído, pioneiro no Brasil, de Tecnologia e Mídias Digitais, na sua versão atual convertido em uma graduação em Design de Interface. Assim, desde a graduação até a pós-graduação, hoje com seus programas de doutorado e pós-doutorado em funcionamento, voltado para as interfaces, complementaridades, convergências e contradições dos seres humanos com as máquinas inteligentes, dispositivos e ferramentas digitais tanto a nível científico, quanto estético e técnico. O programa de TIDD busca habilitar seus formandos a compreender e agir diante de uma realidade biomaquínica que reclama por fundamentações e pontos de vista transtecnológicos.

O que o programa visa formar são analistas simbólicos que, tomando suas bases no conhecimento computacional, sejam capazes de desenvolver reflexões teóricas sobre o papel das tecnologias cognitivas, tecnologias estas com aplicações na aprendizagem que, por sua vez, depende de designs de interface com conteúdo midiático e interação adequados.

A novidade do TIDD encontra-se na intersecção não apenas da computação e informação com a educação, ou da engenharia com a gestão do conhecimento, mas na inclusão, dentro dessas intersecções, do design de interface e do pensamento sobre as linguagens híbridas das redes, ou seja, sua novidade encontra-se na atenção que dispensa aos espaços interativos nos quais a inteligência maquínica e a biológica se encontram.

Winfried Nöth (Diretor científico da TECCOGS)