Cristianismo e revolução

uma leitura do romance Directa, de Nuno Bragança, à luz do conceito de evolução de Teilhard de Chardin

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2236-9937.2022v26p31-52

Palavras-chave:

literatura portuguesa, catolicismo progressista, cristianismo, marxismo, evolução

Resumo

Ambientado no Portugal salazarista dos anos sessenta, o romance Directa (1977) é, segundo seu próprio autor, o escritor português Nuno Bragança, “a história de alguém que vive numa perspectiva cristã a luta revolucionária”. O objetivo deste artigo é investigar de que forma cristianismo e revolução se associam no romance Directa, em especial no modo de pensar e agir do protagonista Aníbal. Para isso, iremos lançar mão de alguns elementos centrais do pensamento do padre jesuíta Teilhard de Chardin, sobretudo seu conceito de evolução, entendido como expressão de uma criação inacabada e que, portanto, continua nas mãos dos seres humanos. É nesse momento que se coloca o problema da ação, que desperta, ao mesmo tempo, sentimentos otimistas e trágicos. Afinal, para que seja concluída a criação, é necessário que os seres humanos sejam co-operários de Deus – tarefa à qual Aníbal se dedica com afinco, visionando um futuro redentor para a humanidade.

Biografia do Autor

Carlos Conte Neto, Universidade Nova de Lisboa

Mestre em Estudos Portugueses, com especialização em Literatura Portuguesa Contemporânea, pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Vinculado ao IELT, Departamento de Estudos Portugueses, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, FCSH, Universidade Nova de Lisboa. Bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia - FCT. Contato: conte_conte@hotmail.com

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Publicado

2022-05-20

Como Citar

Conte Neto, C. (2022). Cristianismo e revolução: uma leitura do romance Directa, de Nuno Bragança, à luz do conceito de evolução de Teilhard de Chardin. TEOLITERARIA - Revista De Literaturas E Teologias, 12(26), 31–52. https://doi.org/10.23925/2236-9937.2022v26p31-52