Autor, leitor, texto. Sobre leitura como jogo e seus referenciais pragmáticos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/2236-9937.2022v28p193-218

Palavras-chave:

intentio auctoris, intentio lectoris, intentio operis, jogos de leitura

Resumo

Proposta de solução do conflito das intenções (intentio auctoris, intentio lectoris e intentio operis) conforme expresso em Interpretação e superinterpretação, de Umberto Eco. O caminho metodológico consiste nos seguintes passos: a) com base em Johan Huizinga, aplicar a noção de jogo à prática de leitura, estabelecendo o fato de que as regras de interpretação constituem função específica de cada jogo de leitura; b) discernir os tipos de jogos de leitura com base nos três tipos de pragmática: estática, política e heurística; c) com base em Peirce, assumir cada uma das três instâncias de sentido o papel de referencial semiótico de um específico tipo de jogo de leitura; d) concluir que a pluralidade de interpretações possíveis de um texto constitui função da aplicação das regras internas de cada jogo de leitura. Conclui-se, de um lado, que jogos estéticos e jogos políticos de leitura produzem potencialmente infinitas interpretações e que apenas jogos heurísticos de leitura efetivamente podem impor limites para a interpretação, e, de outro, que o resultado de cada um desses jogos de leitura só pode ser avaliado com base nas suas próprias regras.

Biografia do Autor

Osvaldo Luiz Ribeiro, Faculdade Unida de Vitória

Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUCRJ. Professor da Faculdade Unida de Vitória.
Contato: osvaldo@faculdadeunida.com.br

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Publicado

2022-12-22

Como Citar

Ribeiro, O. L. (2022). Autor, leitor, texto. Sobre leitura como jogo e seus referenciais pragmáticos. TEOLITERARIA - Revista De Literaturas E Teologias, 12(28), 193–218. https://doi.org/10.23925/2236-9937.2022v28p193-218