A sacralidade do inútil

uma leitura contra a mercantilização da vida

Autores

  • Danilo Mendes Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.23925/2236-9937.2023v29p56-77

Palavras-chave:

Poesia, Filosofia da Religião, Modernismo, Capitalismo

Resumo

Neste artigo buscamos apresentar como a afirmação da inutilidade da vida se apresenta como modo de resistência à lógica mercadológica do capitalismo. Para tal, buscamos primeiramente uma leitura de Leminski apresentando como o gesto inútil da poesia toma contornos teológicos na medida em que transubstanciam palavras. Em segundo lugar, apresentamos o pensamento de Krenak atestando como a inutilidade da vida é necessária para a sobrevivência da terra contra sua exploração concreta e ideológica. Nesse ponto, o que apresenta contornos teológicos é a própria justificativa para a exploração – do ser humano e da terra. Por fim, buscamos dialogar com a busca modernistas por um espírito nacional apresentando como ele continua seguindo uma lógica moderna/colonial que, por fim, acaba por reforçar a mercantilização da vida humana através da afirmação de sua utilidade.

Biografia do Autor

Danilo Mendes, Universidade Federal de Juiz de Fora

Mestre em Ciência da Religião pela Universidade Federal de Juíz de Fora (UFJF). Contato: danilo.smendes@hotmail.com

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Publicado

2023-06-12

Como Citar

Mendes, D. (2023). A sacralidade do inútil: uma leitura contra a mercantilização da vida. TEOLITERARIA - Revista De Literaturas E Teologias, 13(29), 56–77. https://doi.org/10.23925/2236-9937.2023v29p56-77